quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Bastian tinha três anos...


Sou contra a pena de morte. Mas trabalhos forçados sem direito à luz do dia, para casos como este, tem o meu vivo apoio.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Era uma vez uma vespa



Isto agora com o Inverno a porta  o rapaz ainda me apanhava um resfriado....além de que a culpa é do OUTRO que encomendou, e ele coitado  forçado e contrariado lá trocou a amiga vespa. Austeridade a quanto obrigas....

sábado, 26 de novembro de 2011

Porque hoje é sábado




Com Bye Bye Blackbird e esta fabulosa dupla John Coltrane & Miles Davis, desejo a todos um excelente fim de semana.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mundo cão


Eu ainda sou do tempo em que,  com as devidas distâncias, também na sociedade portuguesa  as mulheres violadas eram olhadas de soslaio e havia a suspeição de se terem deixado seduzir pelo agressor...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mais lixo, pois...


"Também hoje a agência de notação financeira chinesa Dagong desceu a nota da dívida de Potugal de BBB+ para BB+, com perspetiva negativa."

Em dia de Greve Geral, já nem os chineses nos amparam....

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"Estamos sob ocupação estrangeira"




"Greve geral necessária para despertar consciências e resistir ao "retrocesso social e civílizacional"
- Não acha que os sindicatos devem ser mais activos na apresentação de soluções concretas em vez de serem apenas reivindicativos?
- Os sindicatos têm propostas concretas, o problema é que não se enquadram nos catecismos dos poderes dominantes. Propomos que se considere uma nova forma de distribuir a riqueza, o combate à economia clandestina, não deixar que o económico e o financeiro se sobreponham ao político e valorizar o trabalho. Não esperem que os trabalhadores cujo trabalho não é valorizado reajam positivamente.
- Portugal deve continuar no euro?
- O euro não vai continuar como até aqui. Vai haver uma só moeda ou mais do que uma? Vão manter-se todos os países ou alguns serão empurrados para fora? Em Abril do ano passado disse que países pequenos como o nosso, se forem empurrados do euro podem ficar, em termos sociais, sob pressões idênticas à saída de uma guerra...
- Continua a pensar o mesmo?
- Agora estamos pior um pedaço. Neste retrocesso social e civilizacional, em termos de retribuição, os trabalhadores estão a ter, em dois anos, uma quebra da ordem dos 30%. Não é que eu defenda a saída do euro, mas quando o João Ferreira do Amaral e outros economistas propunham uma saída negociada estimava-se uma queda de 40%. Ou seja, não saindo do euro já estamos nesse caminho de perda. Precisamos de um grande debate para saber onde estamos. Não temos de empobrecer, temos é de encontrar caminhos de saída.
- A nossa margem de manobra está condicionada pelo memorando de entendimento com a troika?
- Uma das coisas que queremos com a greve geral é despertar a sociedade para que apresente propostas e faça observações sobre a realidade concreta que estamos a viver.
- O objectivo da greve é não só manifestar a indignação mas também suscitar um debate nacional?
- Sim. Não há soluções sem acção colectiva. Temos de espoletar na sociedade vontades que tirem as pessoas do conformismo. Um dos grandes dramas da sociedade é que a integração europeia começou com conceitos de coesão, solidariedade entre os povos, respeito pela soberania e valores dos povos e harmonização social no progresso. Aderimos a um projecto europeu que nos prometia ir para o clube dos ricos. Só isto justifica que tenhamos admitido passivamente a destruição do sector produtivo.
- Preocupa-o a perda de soberania?
- Claro. A ideia do dinheiro fácil, explorada até à exaustão pelo sector financeiro, desvalorizava o trabalho e a responsabilidade. O país perdeu o sentido da soberania. Por isso, esta greve é também por Portugal. Estamos sob ocupação. Noutro contexto histórico não teríamos apenas um governo estrangeiro mas também tropas. Mas, cuidado, os descalabros da sociedade às vezes levam a coisas inesperadas....
- Teme, por exemplo, um golpe militar, como sugeriu Otelo?
- Não, não, de tontarias já chega! Até porque os golpes militares não se fazem por anúncio. A determinante vai ser a vontade, capacidade e responsabilidade do povo. O que não é caminho é aceitar a inevitabilidade ou a assunção do empobrecimento como solução estratégica de futuro. Em última instância, a soberania está nas mãos do povo.
- Concorda com António José Seguro quando adia inevitável que a Europa siga no sentido do federalismo?
- É inviável. É uma ingenuidade o secretário-geral do PS dizer isso. Mesmo que o caminho fosse esse, não é exequível. O poder efectivo é o financeiro e económico. Como diz o João Ferreira do Amaral, o euro acabou por ser o principal instrumento de destruição do Estado social europeu. Além disso, a Europa está politicamente unipolar, a social democracia foi varrida. Quem domina são as forças conservadoras, nalguns países em coligação com a Extrema-Direita. Falar do projecto europeu como se tudo estivesse na mesma é um desastre. A posição de Seguro não tem sustentabilidade, para não usar outra catalogação.
- Se fosse deputado votava contra o Orçamento para 2012?
- Inevitavelmente. Se não o fizesse era sinal que tinha ensandecido. Há uma montanha de loucuras e actos de malvadez neste Orçamento, estruturado no pressuposto de que seguir as políticas da União Europeia é a saída para a crise. O Durão Barroso foi ao Parlamento Europeu dizer que a crise da UE é sistémica e a situação é insustentável - e nós estamos a adoptar as piores receitas seguidas na Grécia. É um drama. É por isso que é premente mobilizar as forças sociais, políticas e a consciência dos portugueses para agir contra a tontaria do empobrecimento.
- Não teme que a situação resvale para o caos que se vive na Grécia?
- O que eu temo é que não haja mobilização dos portugueses. Se a sociedade não se mobilizar, temo que esta loucura e tontaria de políticas leve a situações de ditadura ou de rupturas sociais violentas. Todo o sacrifício é necessário quando estão em causa valores como a dignidade, a justiça e a democracia. É precisa uma intervenção social fortíssima e isso não impede algumas acções que sejam duras.
- Defina duras.
- Dou o exemplo da tentativa de aumento do horário de trabalho em duas horas e meia por semana Todas as formas de luta que os trabalhadores encontrarem para não se sujeitarem a esse trabalho forçado têm mais sustentação legal do que a que o Governo para o tentar impor. Sobre isso não tenho dúvidas.
- Aceita a redução dos feriados?
- Chocou-me ouvir o cardeal-patriarca dizer em nome da Igreja: nós abdicamos de dois feriados se o Estado abdicar de dois feriados civis. Alto lá! Os feriados são direitos das pessoas, não são propriedade nem da Igreja nem do Estado. Só uma discussão com os portugueses sobre a validade dos argumentos pode retirar esses direitos. O mesmo se passa com os deveres. Senão os portugueses também têm o direito de não cumprir os deveres.
- O aumento do horário de trabalho, corte de subsídios, salários e feriados. As medidas sucedem-se a um ritmo tal que a mobilização social para o debate pode não chegar a tempo de as obstar.
- Vai haver tempo, não acredito que o país vá desaparecer. Os portugueses serão capazes de defender a soberania, Portugal continuará como nação e havendo seres humanos há sempre saída O limite da resistência é definido pela própria Constituição. Nós também temos direito à indignação.
- Que limites vê para a indignação?
- Em reacção ao horário de trabalho, digo aos trabalhadores que sejam suficientemente imaginativos porquevão ter de ser. Se demorarem mais tempo vão perder mais. Não nos esqueçamos dos 48 anos de fascismo. Haver distracções é uma chatice. Se for necessária resistência física forte para evitar o trabalho forçado acho que o devemos fazer. O tempo é o bem social mais importante depois da saúde.
- É a sua 5ª greve geral. Quase todas contra a liberalização de uma lei laboral que está cada vez mais liberal. Não se sente frustrado?
- Não. Pertenço a uma geração que, quando olha para o percurso desde a infância, só tem razão para um enorme sorriso e dizer isto mudou tanto e tão positivamente. Não esqueçamos o que era a mortalidade infantil, as condições de vida, casas de terra batida.. As pessoas trabalhavam imenso a troco de um subsídio de subsistência. O trabalho para toda a vida era uma treta. Depois, criou-se a valorização pelo salário, a valorização do emprego. Foi-se evoluindo. Agora, vivemos uma fase de tentativa de retrocesso social e civilizacional. Não podemos fazer comparações simplistas. Nas crises de 1978 e 1983 houve perda salarial mas o Estado social progredia Agora, estamos num retrocesso. O Estado social está a ser estilhaçado. É preciso resistir."

Entrevista de Carvalho da Silva ao Jornal de Notícias

Se houvesse degraus na terra...

Se houvesse degraus na terra…


Herberto Helder, faz hoje 81 anos.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A hora decisiva


"Merkel terá de decidir entre ficar agarrada à mortal e rígida letra dos Tratados e dos acórdãos do Tribunal Constitucional Alemão, ou salvar a União Europeia de tombar num buraco negro que poderá lançar a Europa e o mundo num recuo brutal à pobreza, ao proteccionismo, e ao risco de conflitos armados. Se a decisão for errada, todos os milhões de mortos das guerras civis europeias terão caído em vão. Se a sua decisão tiver os olhos postos no futuro pacífico de 500 milhões de europeus, ninguém se lembrará das suas hesitações. A União será refundada no tempo necessário para tal, sem a chantagem do colapso financeiro, e o seu nome passará da história alemã ao panteão imortal dos heróis e heroínas da humanidade."

Viriato Soromenho Marques,  Uma mulher para a História

Sombras chinesas...


Confesso publicamente a minha ignorância, nunca tinha ouvido falar em Ai Weiwei. Mas agora já sei quem é, eu e muitos milhões por esse mundo fora, estou certa. É o que acontece quando regimes moralistas e ditatoriais resolvem perseguir alguém com base em alegada "pornografia"...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Tiro ao Relvas



  
O tio Belmiro acaba de mandar passar a guia de marcha ao cabo Relvas:

"Miguel Relvas, actual ministro do Governo de Passos Coelho, colaborou com o Banco Efisa do grupo BPN antes de este ter sido nacionalizado. Relvas era então deputado do PSD e apoiou uma operação financeira com o Brasil. O ex-presidente do Efisa diz que Relvas o ajudou a abrir algumas portas”;
Antes da nacionalização, o então deputado Miguel Relvas intermediou para o Banco Efisa, do grupo BPN, um negócio da ordem de 500 milhões de dólares, que envolveu o município do Rio de Janeiro, Abdool Vakil, ex-presidente do Efisa, confirmou ao Público que Relvas, na altura membro da bancada parlamentar do PSD, o ajudou ‘a abrir portas no Brasil’, mas o actual ministro explica que a sua colaboração ocorreu sempre ‘no quadro’ da Kapaconsult, onde era administrador, e que teve um único cliente: o banco de negócios do BPN-Efisa”
“Em declarações ao Público, Abdool Vakil, o ex-presidente do Banco Efisa, começou por dizer que “o dr. Miguel Relvas nunca trabalhou com a Efisa”. Mas inquirido sobre se o então deputado prestou directamente consultoria ao banco, disse: ‘Isso já é verdade’. Vakil acrescentou que ‘o dr. Miguel Relvas prestou serviços muito úteis, pois abriu-nos portas no Brasil, mas nunca foi quadro do grupo’. ‘Ele tinha muitos conhecimentos no Brasil e que eram importantes para quem quer fazer negócio e abriu-nos portas’, especificou. O ex-presidente da Efisa e ex-administrador do BPN lamentou que Relvas, cujas relações com altas esferas da política e dos negócios brasileiros são conhecidas – tendo mesmo contacto directo com o ex-ministro de Lula da Silva José Dirceu ‘esteja agora muito ocupado e sem tempo para os amigos”’.
“Formado em Relações Internacionais, Miguel Relvas (…) No seu curriculum, apresenta-se como gestor e consultor de empresas. Antes da nomeação para o Governo, o nome do actual ministro surgia já ligado a várias entidades, como seja o Conselho de Curadores da Fundação Luso-Brasileira, criada por João Rendeiro.”
(…)
“Relvas é o responsável pela área da comunicação do Governo que tem em mãos um dossier polémico (BPN) herdado do executivo anterior e que já gerou um prejuízo para o erário público de cinco mil milhões de euros. A venda da área comercial do banco ao BIC continua por resolver, assim como o Banco Efisa.” 
 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"O que quer a Alemanha"


Temos de saber o que pensam quem passará a ditar as regras do nosso modo de vida. Gostei de ler este artigo de Jan-Werner Mueller.
É que depois de ter ouvido um excerto de uma entrevista em que o nosso Primeiro Ministro em terras angolanas falava em "know how" para aqui ,"know how" para aculi, com uma pobreza vocabular e idiomática confrangedora, parece-me que será um bom investimento começarmos a aprender alemão. Aqui entre nós, confesso que é uma das minhas frustrações, mas lá diz o ditado, burro velho já não aprende línguas...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Solilóquios (42)

 
Não fizeram mais do que a sua obrigação. Ponto. Um resultado esclarecedor fruto da concentração, determinação e terem competido com brio e profissionalismo.

Há horas e horas


Que é la isso desses doidivanas dos guardas prisionais receberem horas extraordinárias a dormir? se fossem distintos membros dos Gabinietes Ministeriais ainda se compreendia, agora guardas prisionais, onde já se viu tamanho desaforo....

Nem só de pão ....



A partir de 17 de Novembro na H&M em Lisboa estão disponiveis as peças Versace criadas especialmente para esta cadeira low cost. Um bom pretexto para esta suburbana oeirense dar um salto à mui urbana Rua do Carmo,  quanto mais não seja para lavar a vista e arejar a cabeça... digam-me lá se estes botins não são um must?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O nosso Gaspar

"A ilusão tecnocrática assenta no pressuposto de que só governos não sujeitos ao voto e às pressões partidárias são capazes de implementar as reformas necessárias. 

 

Num momento em que a zona euro caminha para o colapso, parece ter sido encontrada a solução para as economias da periferia: substituir chefes de governo eleitos por tecnocratas. A opção faz sentido. Tendo em conta que se gerou a convicção de que a responsabilidade da crise foi primeiro de Sócrates, a semana passada de George Papandreu, esta semana de Berlusconi e, a crer no que o sempre presciente François Hollande já anunciou, para a semana será de Sarkozy, o melhor mesmo é remover os políticos eleitos que lideram os governos do Sul e colocar, nos seus lugares, técnicos com um perfil acima de toda a suspeita e bem recebidos em Frankfurt."

Pedro Adão e Silva, Um tecnocrata em cada esquina

Nós já cá temos o nosso Gaspar que sozinho põe em sentido todo o Conselho de Ministros, Passos Coelho limita-se a abanar a cabeça para cima e para baixo como aqueles cães  que se viam há uns anos junto ao vidro traseiro nas viaturas de gente de gosto duvidoso.

domingo, 13 de novembro de 2011

Portugal em pequenino...


É de se ficar de cara à banda quando se ouvem estas novidades: "Há concursos públicos feitos à medida de empresas". A sério?????? pois se até há concursos públicos que são anulados no caso em que "a tal empresa", por razões processuais não passou da fase de qualificação e depois faz-se um novo para tudo decorrer comme il faut...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O orçamento


"Este é o nosso país, o país que muito adoramos.”

De fazer chorar as pedrinhas da calçada, porra! vais ter um lindo enterro, vais vais...

Quentes e boas


Tendo como pano de fundo o empobrecimento do país como projecto de futuro, celebremos este dia Dia de S. Martinho como o último de uma Era de abundância que chega ao fim.  Quentes e boas....

Agora a França



O impensável está a acontecer, assistimos estupefactos em directo e a cores ao avanço  metódico de um guião conduzido por uma mão invisívelcomo se de um filme se tratasse...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Citações

(...)
"Torna-se pungente assistir aos salamaleques de Pedro Passos Coelho ante os senhores do mando, e o afã com que se apressa a ser um zeloso cumpridor das ordens emanadas de fora. Há um défice de dignidade e de orgulho que a desenvoltura do primeiro-ministro não consegue dissimular, e se espelha, afinal, em todos nós. O conceito de inferioridade nasce daquele que se considera como tal. E esse conceito, levado ao limite, transforma num ser alienado aquele que a isso se submete. Se a Grécia expressou uma auto-afirmação simbólica, logo os países que se encontram na mesma linha de dificuldades demonstraram uma animosidade clara. A assimilação do medo faz parte das desigualdades de que a União é cada vez mais fértil."
(...)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ovnis e outros quejandos...


Não percebo como é que a Casa Branca "diz que não sabe" se existem ou não extraterrestes, no preciso momento em que o Presidente Obama se prepara para receber um , que diz quer "afirmar internacionalmente Portugal pela positiva, como país credível, respeitado e capaz de ultrapassar as dificuldades".... É bom que ele esconda as fotos de famíla onde posa alegremente com a malta do gangue do BPN,  Loureiros, Limas e Oliveiras e Costas, senão eles por lá ainda se assustam...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

The show must go on...


Chegou a hora da ópera à italiana. O espectáculo europeu parece-se cada vez mais com o circo romano, com os mercados a gozarem o prato.

A Diva



Foi neste dia do ano de 1949 que Maria Callas cantou Die Walküre, de Wagner, alternando na mesma semana com I Puritani, de Bellini. Acabara de nascer a diva e a lenda..

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Tachos e panelas

(...)
"A questão bem poderá ser que o PS tenha entendido que nos tempos mais próximos não leva nada do eleitorado e assim, com estes atestados de bom comportamento, esperará levar alguma coisa por parte do poder. Há clientelas que não suportarão longas travessias do deserto."(...)

João Paulo Guerra

Enfim tudo se resume afinal em gerir mais tacho, menos panela,  para a clientela deserdada.

sábado, 5 de novembro de 2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Verdade ou consequência?


Ou o Álvaro é incompetente, ou faz de nós parvos, ou alguém quer tramar o Álvaro. Não me consigo decidir. Às tantas a verdade verdadinha é composta de várias parcelas de cada premissa....

Flor de Sal



"Ó mar salgado quanto do teu sal são lágrimas de Portugal"....

O Sal tal como o Mar  fazem parte do nosso imaginário colectivo. Para quem gosta de cozinhar  e pode pagar, a profusão de variedades de sal e de fôr de sal que hoje estão disponíveis nas grande superfícies e lojas ditas "gourmet" é uma autentica tentação.  Por isso é bom saber separar o trigo do joio porque infelizmente a maioria dos nossos empresários continua com a mesma mentalidade requentada de tentar vender gato por lebre. "Ainda este ano fui a uma feira em Washington e dois estrangeiros fugiram de mim porque disseram que não compravam mais flor de sal a portugueses. Tinham sido enganados" lamenta-se com razão este produtor.

É uma vergonha esta gentinha,  "empresários" de meia tijela que nos descredibiliza como povo, abusam do trabalho alheio e nunca  são condenados por serem mixordeiros...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Europarque


É este o triste retrato  da "excelência" dos nossos empresários. Subsídio dependentes, incompetentes, megalómanos, maus gestores. Estamos conversados. Com este triste retrato não percebo para que precisam de mais meia hora de trabalho, só se for para acrescentar mais desperdício à má gestão crónica.

Atrás de mim virá.....


«Cada vez que uma empresa portuguesa investe na Venezuela está a aguentar a crise em Portugal e a proteger postos de trabalho em Portugal».

Já é oficial, além do computador Magalhães  também passou a ser chique fazer negócios com a Venezuela e com o Comandante Hugo Chaves.

Imagem: mulher índia da Amazónia Venezuelana

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Jorge de Sena


A Portugal

Esta é a ditosa pátria minha amada. Não.

Nem é ditosa, porque o não merece.
Nem minha amada, porque é só madrasta.
Nem pátria minha, porque eu não mereço
A pouca sorte de nascido nela.


Nada me prende ou liga a uma baixeza tanta
quanto esse arroto de passadas glórias.
Amigos meus mais caros tenho nela,
saudosamente nela, mas amigos são
por serem meus amigos, e mais nada.


Torpe dejecto de romano império;
babugem de invasões; salsugem porca
de esgoto atlântico; irrisória face
de lama, de cobiça, e de vileza,
de mesquinhez, de fatua ignorância;
terra de escravos, cu pró ar ouvindo
ranger no nevoeiro a nau do Encoberto;
terra de funcionários e de prostitutas,
devotos todos do milagre, castos
nas horas vagas de doença oculta;
terra de heróis a peso de ouro e sangue,
e santos com balcão de secos e molhados
no fundo da virtude; terra triste
à luz do sol calada, arrebicada, pulha,
cheia de afáveis para os estrangeiros
que deixam moedas e transportam pulgas,
oh pulgas lusitanas, pela Europa;
terra de monumentos em que o povo
assina a merda o seu anonimato;
terra-museu em que se vive ainda,
com porcos pela rua, em casas celtiberas;
terra de poetas tão sentimentais
que o cheiro de um sovaco os põe em transe;
terra de pedras esburgadas, secas
como esses sentimentos de oito séculos
de roubos e patrões, barões ou condes;
ó terra de ninguém, ninguém, ninguém:
eu te pertenço.
És cabra, és badalhoca,
és mais que cachorra pelo cio,
és peste e fome e guerra e dor de coração.
Eu te pertenço mas seres minha, não

Jorge de Sena faria hoje 92 anos.

Poema retirado daqui

O início de uma nova era?


Depois de terem deixado apodrecer a situação ao longo de 18 meses a dupla Sarkozy & Merkel  estava à espera de quê? Sabemos como as elas começam, não sabemos como acabam....Por cá, quem ouvi foi o Ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas a fazer um insistente aviso à navegação com apelos à "estabilidade",  do Primeiro-Ministro nem rasto...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Não há santo que nos valha


Hoje a Igreja Católica celebra  o Dia de Todos os Santos. Bem precisados estamos de milagres, infelizmente estas notícias  parecem indicar  que não há santo que nos valha.