domingo, 20 de outubro de 2013

A inveja é uma coisa muito feia



A entrevista que José Sócrates concedeu a Clara Ferreira Alves veio provocar um verdadeiro tumulto entre as mentes bem pensantes deste cantinho à beira mar plantado. Essas mentes bem pensantes decidiram em 2005, quando José Sócrates e o PS obtiveram maioria absoluta, que o ex-primeiro ministro não passava de gelatina política, um homem sem pensamento, que tivera o desplante de vencer Manuel Alegre nas directas do PS e a quem não comprariam um carro em segunda mão. Erros políticos à parte, que não são o objecto deste post, custa-lhes fazerem um simples exercício de humildade intelectual e até há quem se permita afirmar categoricamente que por questões de "principio" não lera nem irá ler a entrevista, não se dispensando no entanto à vulgata catilinária mais primária para adjectivar a entrevista que não leram. Há também o grupo dos que leram a entrevista com a reserva mental necessária para encontrarem em cada palavra, em cada "citação" a confirmação apriorista das suas "suspeitas" sobre a "falta de carácter do individuo" e outros mimos com que sustentam o ódio irracional de votam ao homem. Acresce que Sócrates vem lembrar-lhes as suas responsabilidades num momento decisivo para Portugal na crise política que conduziu à vinda da troika, que nos trouxe a ruína por muitos e bons anos, e isso é um peso insuportável que precisam de alijar carregando nas tintas  e na diabolização do político que alimentou todas as suas frustrações.  Não aprenderam nada e duvido que venham a aprender.


2 comentários:

  1. Sou insuspeito. Nunca gostei de Sócrates e sempre lhe fiz duras críticas. No entanto, tenho de reconhecer, que a entrevista ao Expresso foi uma lufada de ar fresco na mediocridade que nos é servida pela actual classe política. Pena que Cavaco e Coelho não possam comentar. Não é por não quererem, é só por não terem percebido patavina!

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  2. Arielamigo

    Subscrevo o comentário do Carlos Barbosa de Oliveira, mas quero aditar mais umas coisas.

    O Sócrates deu pano para mangas, pôs-se a jeito em diversas coisas e ocasiões, mas fez muitas obras da maior importância para Portugal, desde as alternativas, até ao inglês desde o primeiro anos, desde o Magalhães (que de maldito já passou a excelente produto de exportação, aos milhões...) até ao PEC IV, miseravelmente assassinado por uma seita cujos elementos foram o PPD, o CDS, o PCP, o BE e o Palhaço "ocupas" de Belém.

    De resto - e de acordo com o que até disse a Frau Merkel - se o PEC IV tivesse sido aprovado, talvez não tivéssemos tido a desgraçada e criminosa troika a dar cabo de nós e, mais grave ainda, do País.

    Mas a parelha PPC + o suposto PR (???) que não dá uma para a caixa, hoje acusa Sócrates de ter sido o pior possível, descambando uma vez mais e mentindo mais uma vez: "este Governo nunca atirará culpas para o que lhes antecedeu..." Coelho dixit

    Por agora, passo. Mas vou voltar. Já te sigo e vou meter o teu Cirandando nos meus BLOGUES MAIS FIXES.

    Abç

    Henrique

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