"Actualmente, somos um país de soberania limitada. Um dos aspectos mais importantes do poder nacional é a autonomia, o poder decidir sobre as próprias contas. O grande problema do país é ser refém de algum actor que pode ter interesses estratégicos diferentes dos nossos, o que já aconteceu várias vezes na História. Neste momento Portugal é refém da União Europeia- Portugal e a envolvente estratégica criaram uma situação em que deixámos de ter liberdade de acção face à União Europeia. Temos de fazer o que os poderes europeus entenderem que é melhor para o conjunto, o que pode não ser o que nos interessa. Recuperar a soberania é ter liberdade de acção face aos actores internacionais. Para Portugal, o ideal seria tornar-se uma espécie de "país-ponte" com interesses na Europa, na América, na Ásia e em África, articulando esses interesses com os equilíbrios estratégicos resultantes desses vários pontos de apoio. Estamos muito longe de o ser. Mas, se recuperarmos a capacidade de manejar as nossas contas públicas, mesmo mantendo-nos ligados à EU, temos capacidade para sair a qualquer momento.
[...] em ternos de visão estratégica, julgo que o grande objectivo estratégico de Portugal para os próximos anos será criar condições para, se quiser e se lhe for útil, sair da União Europeia."
Excerto da entrevista do General Loureiro dos Santos à Visão
Estes generais às vezes têm tendência a ir diretos ao assunto...
ResponderEliminarFoi exactamente isso que pensei Teté :)
EliminarOntem fartei-me de ouvir queixas ( de militares) pela falta de solidariedade das chefias com os problemas de oficiais e sargentos.
ResponderEliminarAlguns como Loureiro dos Santos são uma excepção no silêncio comprometido.