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Esquecemos amiúde que a falência do banco austríaco Kreditanstalt, em 1931, desencadeou uma sucessão de falências por todo o continente europeu. Foi o princípio do fim do padrão ouro e um novo rude golpe na Grande Depressão.
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Quanto mais sofrimento poderão os países sob pressão suportar? Ninguém sabe. O que aconteceria se um país saísse da zona euro? Ninguém sabe. Será que até a Alemanha põe a hipótese de sair? Ninguém sabe. Qual é a estratégia a longo prazo para sair da crise? Ninguém sabe. Perante tanta incerteza, o pânico acaba, infelizmente, por ser uma atitude racional.
Até agora, nunca havia compreendido verdadeiramente como pôde ocorrer a crise de 1930. Agora compreendo. Basta a conjugação de economias frágeis com um regime monetário rígido, debates acesos sobre o que deve ser feito, a convicção generalizada de que sofrer é bom, políticos míopes e incapacidade para cooperar e antecipar os acontecimentos. Se os países com boa notação de crédito se recusarem a ajudar os que se encontram sob pressão, quando estes não conseguirem vir à tona respirar, o sistema morrerá. Ninguém sabe os danos que isso pode provocar na economia mundial, mas será que alguém quer, de facto, saber?"
Até agora, nunca havia compreendido verdadeiramente como pôde ocorrer a crise de 1930. Agora compreendo. Basta a conjugação de economias frágeis com um regime monetário rígido, debates acesos sobre o que deve ser feito, a convicção generalizada de que sofrer é bom, políticos míopes e incapacidade para cooperar e antecipar os acontecimentos. Se os países com boa notação de crédito se recusarem a ajudar os que se encontram sob pressão, quando estes não conseguirem vir à tona respirar, o sistema morrerá. Ninguém sabe os danos que isso pode provocar na economia mundial, mas será que alguém quer, de facto, saber?"
No próximo domingo os gregos votam. Ninguém sabe o que se vai seguir.
Penso que desde o pedido de resgate de Espanha, o resultado das eleições gregas acaba por não ser assim tão importante.
ResponderEliminarHoje a Merkel já veio admitir que será muito difícil salvar o euro. Creio que depreendi alguma satisfação nas suas palavras... Como ontem lembrava o Rui Tavares no Público, a Alemanha nunca viu o euro com bons olhos. Resta saber se Merkel já mediu as consequências do fim da moeda única para a Alemanha...