quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A desavergonhice dos tachistas



Assistiu-se ontem no espaço mediático a uma histeria homérica a propósito da taxa turistica de um euro que António Costa irá introduzir em Lisboa a partir de 2015, para todas a chegadas ao aeroporto e porto de Lisboa e em 2016, um euro nas dormidas em hoteis até um máximo de 7 euros.

O mote para a histeria foi dado pelo irrevogável Portas que agitou o papão da morte  galinha dos ovos de oiro, seria cómico se não fosse proferida por um membro do governo que privatizou a ANA onde  desde então as taxas de aeroporto já aumentaram sete vezes, aumentou 10% a taxa de IVA na restauração, que vai cobrar a todos os portugueses e aos turistas uma taxa de 10 cêntimos por cada saco plástico, que aumentará os combustíveis entre 5 e 6,5 cêntimos por litro em 2015, etc, etc a lista é longa.

Uma campanha de diatrites desproporcionadas e inqualificáveis no próprio dia em que se soube que o surto de legionella já tinha atravessado fronteiras, que a Organização Mundial e Saúde considerara como "uma grande emergência de saúde pública" sem que o irrevogável Portas tenha dado um pio sobre o impacto deste surto nos fluxos de turistas e na reputação do país como destino turistico seguro.

Uma campanha histérica só possivel num país de parolos, onde parece que se desconhece que a nossa vizinha Catalunha cobra uma taxa diária de 6 euros, Bruxelas 5 euros, já para não referir os 12 euros de Nova York, pratica comum em todas as grandes cidades europeias como Paris, Roma, Veneza e onde Lisboa como grande destino turistico europeu é  a grande excepção.

Uma histeria só possivel num país onde o governo trata os cidadãos como mentecaptos ignorantes e estes se deixam manipular. Foi inacreditável assistir ao desvario argumentativo de muita gente que considero sensata, como se de repente lhe estivessem a arrancar as unhas. Eu sei que estamos todos a precisar de travar um boa guerra, cansados e frustrados com tanta incompetência e massacre diários na nossas vidas, mas convém termos a clarividência de a escolhermos com cuidado.

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