Artur Bual - 'Natália Correia', óleo sobre tela
Fonte: Google
Auto-retrato |
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Espáduas brancas palpitantes: asas no exílio dum corpo. Os braços calhas cintilantes para o comboio da alma. E os olhos emigrantes no navio da pálpebra encalhado em renúncia ou cobardia. Por vezes fêmea. Por vezes monja. Conforme a noite. Conforme o dia. Molusco. Esponja embebida num filtro de magia. Aranha de ouro presa na teia dos seus ardis. E aos pés um coração de louça quebrado em jogos infantis. Natália Correia - Poesia Completa Publicações Dom Quixote 1999 |
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José Mário Branco - Queixa das almas censuradas
Membro a pino
ResponderEliminardia é macho
submarino
é entre coxas
teu mergulho
vicio de ostras
O corpo é praia a boca é a nascente
e é na vulva que a areia é mais sedenta
poro a poro vou sendo o curso de água
da tua língua demasiada e lenta
dentes e unhas rebentam como pinhas
de carnivoras plantas te é meu ventre
abro-te as coxas e deixo-te crescer
duro e cheiroso como o aloendro
Natália Correia, (Inédito - Cosmocópula)
Por vezes não é necessário muita coisa
ResponderEliminarpara dar a imagem certa de uma pessoa, mesmo com a enorme dimensão humana que ela tinha...
Era amiga do meu Tio Afonso Botelho escritor/Filosofo e eu também gosto muito das poesias dela. bjs
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