Passos Coelho chegou ao poder com uma aura de homem educado, como se ser educado e ter boas maneiras, neste país de bárbaros, fosse uma qualidade de tal forma rara que tivesse de ser salientada. Desconfio sempre de gente excessivamente "polida", por regra o polimento é superficial e esconde tensões e intenções que normalmente só se revelam quando a pessoa baixa a guarda. Já durante a campanha eleitoral o primeiro-ministro se tinha saído com várias pérolas, entre elas uma que me deixou varada - para trás mija a burra! - clamou ele no calor de uma arruada dirigindo-se a uma adepta das suas cores que o incentivava a correr com os socialistas e a "salvar" o país. O mais interessante é que não vi esta preciosidade reproduzida em lado nenhum, foi um momento fugaz que passou numa reportagem televisiva, a que ninguém atribuiu na altura qualquer relevância, ao contrário do muito glosado "ir ao pote", do expressivo "piegas" da odorenta "porcaria na ventoinha", até ao mais recente elegantérrimo "que se lixem as eleições." Depois o resultado é este. Enfim, quem nasce lagartixa nunca chega a jacaré, mas arregimenta sempre seguidores cúmplices da sua pequenez.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
"Para trás mija a burra..."
Passos Coelho chegou ao poder com uma aura de homem educado, como se ser educado e ter boas maneiras, neste país de bárbaros, fosse uma qualidade de tal forma rara que tivesse de ser salientada. Desconfio sempre de gente excessivamente "polida", por regra o polimento é superficial e esconde tensões e intenções que normalmente só se revelam quando a pessoa baixa a guarda. Já durante a campanha eleitoral o primeiro-ministro se tinha saído com várias pérolas, entre elas uma que me deixou varada - para trás mija a burra! - clamou ele no calor de uma arruada dirigindo-se a uma adepta das suas cores que o incentivava a correr com os socialistas e a "salvar" o país. O mais interessante é que não vi esta preciosidade reproduzida em lado nenhum, foi um momento fugaz que passou numa reportagem televisiva, a que ninguém atribuiu na altura qualquer relevância, ao contrário do muito glosado "ir ao pote", do expressivo "piegas" da odorenta "porcaria na ventoinha", até ao mais recente elegantérrimo "que se lixem as eleições." Depois o resultado é este. Enfim, quem nasce lagartixa nunca chega a jacaré, mas arregimenta sempre seguidores cúmplices da sua pequenez.
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Olá Ariel
ResponderEliminarEstou de regresso e deparo com este belo vernáculo do nosso PM. Pois é, também eu tenho muitas dúvidas quanto a certos tipos de polimentos. É como nas lavagens de automóveis... alguns polimentos dão cabo da pintura...
pois é, o verniz (democrático) estala...
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