segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Alucinante Julius


De regresso ao trabalho, é com uma dose suplementar de preguiça que regresso à normalidade. O alucinante mês de Julho teve de tudo. Por uma qualquer conjugação astral parece que uma série de desenlaces camuflados, mas que há muito se supunham maduros, eclodiram em cascata e desaguaram no mês sete do tumultuoso ano da graça de 2013. Não vale a pena remoer uma novela enxovalhada e gasta com protagonistas a quem ninguém de bom senso compraria uma viatura em segunda mão. O certo é que o rescaldo das operações que conduziram à solução de compromisso assinada e jurada pelos dois parceiros da coligação no governo, está longe de estar concluída. Os swaps agora duplamente representados no governo pelo SE do Tesouro, ameaçam ainda fazer correr rios de tinta, acoplado à nova manchete de Machete implicado na podridão dos ganhos obscenos com os títulos do BPN, não deixarão de oferecer lenha para alimentar a fogueira onde irá ser cozinhado o Orçamento de Estado para 2014. Pelo meio o resultado das eleições autárquicas será a pièce de résistence de Seguro na liderança do PS, não sendo de excluir que tudo possa estar em aberto caso não se confirme um resultado suficientemente positivo, consistente e de acordo com as expectativa legítimas de um partido na Oposição num ano de todas as crises.

Fui a banhos na segunda metade do mês. Bom tempo, a temperatura da água entre os 19 e 20 graus, seria até pecado pedir melhor. A  crise fez-se sentir de forma muito aguda nas praias do sudoeste alentejano. Não precisei de dados oficiais para verificar que a taxa de ocupação de apartamentos e idas ao restaurante caiu dois terços dos valores normais para a época.  Usufrui pelas piores razões, de praias desertas, restaurantes a meio gás e esplanadas quase vazias.

Setembro não parece que traga melhoras.




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