terça-feira, 30 de abril de 2013
1º de Maio é na rua
Não desistem... Por estas e por outras é que deixei de lá pôr os pés.
Imagem surripiada ao Pedro Vieira
segunda-feira, 29 de abril de 2013
O mui badalado caso islandês
Não há dúvida que nos dias de correm, insistir na adesão à União Europeia já não comove ninguém. Quem é que no seu juízo perfeito quer aderir a um clube em desagregação? A resposta das trezentas e vinte mil alminhas islandesas cansadas da austeridade foi, com toda a candura, devolver o ouro ao bandido.
domingo, 28 de abril de 2013
"A encenação do fim"
"Este ano, contrariando uma tendência dos últimos tempos, os jardins de São Bento e do Palácio de Belém estiveram encerrados no 25 de abril. O facto não teria particular relevância se não ocorresse num contexto de fechamento crescente da classe política e quando a crise de representação já há muito deixou de ser apenas um espectro a pairar sobre o regime. No dia em que se celebra a democracia, os portões das instituições fecham-se simbolicamente, por estarem em manutenção.
[...]
Até hoje, nunca tínhamos tido um Presidente da nossa República a desvalorizar de forma tão veemente as eleições, as escolhas políticas e o papel das divergências em democracia. Podemos discordar das opções programáticas dos outros, mas não podemos, em caso algum, condicionar a soberania popular conquistada há 39 anos. A mensagem foi clara: as eleições não interessam, o que conta é o cumprimento do memorando; as ideologias são perigosas, o que importa é o tratado orçamental. Que um dirigente partidário, oportunisticamente, faça um discurso desta natureza, é explicável. Que a mais alta figura do regime lhe dê peso institucional é um prenúncio de que nos aproximamos do fim."
Pedro Adão e Silva "A Encenação do Fim", Expresso
sábado, 27 de abril de 2013
sexta-feira, 26 de abril de 2013
O discurso de um cobarde
Um discurso tão inenarrável de capitulação, divisionista e de facção proferido na Assembleia da República por Cavaco Silva que os cravos caíram. Nunca tal se tinha visto e não me refiro só aos cravos.
Fica assim claro sem margem para dúvidas quem patrocina o governo que nos desgoverna. Cavaco Silva é a cabeça da troika interna: um presidente, um governo, uma maioria. Os portugueses que se cuidem, estão por sua conta e risco.
imagem daqui
quinta-feira, 25 de abril de 2013
25 de Abril
Esta é madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo.
Sophia de Mello Breyner Andresen
quarta-feira, 24 de abril de 2013
terça-feira, 23 de abril de 2013
O circo
O Processo de Remodelação em Curso faz lembrar aquele dito "foge cão que te fazem barão". A prova das dificuldades do governo em encontrar quem esteja disposto em o acompanhar na sua inglória e triste sina, é que o primeiro-ministro já tem de recorrer aos seus próprios críticos, o que não deixa de revelar muito da natureza e verticalidade tanto de quem convida como de quem aceita.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
O princípio da coerência
Portanto, isto é a única coisa que se me oferece sublinhar sobre a nova Secretária de Estado da Defesa. Digamos pois, que a senhora se defende muito bem.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Um país paralizado
Hoje dirigi-me ao centro de saúda da minha área de residencia para uma consulta do dia. Eram 08:30 horas, na sala de espera Unidade de Saúde familiar encontravam-se duas pessoas, duas, à espera de serem atendidas. Mal tive tempo de me sentar fui logo atendida para os procedimentos burocráticos e acto continuo chamada pelo médico de família para a consulta. De seguida dirigi-me aos serviços da Segurança Social que estão localizados em Paço de Arcos. Porque fica no caminho para o meu local de trabalho via diariamente grandes filas na rua logo de manhã cedo para o atendimento. De há uns tempos para cá as filas desapareceram, fui atendida com a rapidez dos países nórdícos. Nem me atrevo a comentar, a realidade é demasiado cruel, avassaladora e depressiva para tentar alivar através da ironia o aperto de alma que me provoca a situação. Diz que há para aí umas mentes brilhantes que se enganaram no excel, que continuam refasteladas na sua vidinha como se nada fosse com elas...
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Todo tempo é composto de mudança
O meus avós paternos o meu pai e os meus oito tios e tias atravessaram-na vezes sem conta. Eu só a conheci de visitas breves. A pobreza e a vontade férrea de assegurar um futuro melhor aos filhos levou sete dos nove irmãos às longínquas paragens da "África Oriental Portuguesa"... Já partiram todos deste mundo. Agora também a ponte se vai...
terça-feira, 16 de abril de 2013
Boston
Entre os três mortos está um meninos de 8 anos; dos casos mais graves, nove são crianças.
O mundo enlouqueceu, definitivamente.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
O ministro das finanças da troika
José Sócrates falou no assunto, que eu ainda não conhecia, este domingo, no seu espaço de comentário na RTP. A verdade é que fiquei siderada, "the troika finance Minister", foi assim que o comentador de economia da televisão da Irlanda se referiu ao Ministro Gaspar. Não é que nós cá não o soubéssemos, mas ouvi-lo desta forma crua na televisão irlandesa, faz-me sentir agoniada.
domingo, 14 de abril de 2013
sábado, 13 de abril de 2013
sexta-feira, 12 de abril de 2013
A remodelação dos migueis
Uma coisa que me está a fazer muita espécie é toda a gente ter ficado meio embasbacada com a nomeação deste Maduro, embasbacamento muito próprio deste país que endeusa doutores. Longe de mim estar a tentar desvalorizar o contributo das qualificações académicas na formação de um bom governante. Partindo do principio que o homem é um craque na sua área, não o eram igualmente Gaspar e mesmo o Álvaro? E o que vem fazer este jovem cheio de boa reputação para um governo moribundo? Tenho um feeling de que este "desconhecido", para ignorantes como eu, tem uma agenda própria. A seu tempo saberemos.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
O mundo de pernas pro ar...
Vou já buscar um cilicio para me penitenciar das aleivosias que em devido tempo associei à Senhora do Colar. Mas talvez não seja necessário, a verdade é que estamos hoje tragicamente reduzidos ao mínimo denominador comum no domínio da avaliação das políticas deste governo de miseráveis e traidores.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
A quadriga
Pacheco Pereria disse ontem em directo e a cores que estamos a ser governados por uma quadriga. Se non è vero é ben trovato.
terça-feira, 9 de abril de 2013
A farsa
José António Seguro, com um atraso de vinte e quatro horas, sublinhou o óbvio:o valor de 1,3 mil milhões de euros correspondente ao montante das prestações chumbadas pelo Tribunal Constituciuonal, não chega a metade dos três mil milhões de euros relativos à derrapagem fiscal de 2012. Por isso andam todos, Governos, "comentadeiros" troikistas e afins, com o homem dos pentelhos à arreata, a fazer um número circo para amedrontar papalvos, como forma de justificar a bomba atómica sobre o Estado Social.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Acossado
A intervenção do Primeiro-Ministro cheia de azedume, mau perder e vingança mereceu vários comentários nas redes sociais, entre eles este : " o actual governo é formado por dois grupos, um formado por gente totalmente incapaz, outro por gente capaz de tudo".
domingo, 7 de abril de 2013
A armadilha segurista
"O PS, por se ter autoinibido de falar do passado, é, hoje, incapaz de se demarcar da interpretação feita pelo Governo, logo de oferecer um caminho alternativo" [...]
"O que surpreende é a timidez do PS [...] não contraria a tese da "década perdida", incorpora o argumento do despesismo - que, aliás, não está reflectido no défice de 2009, causado por um desvio na receita - e abdica de fazer uma reflexão retrospectiva em torno das armadilhas da moeda única.
Estamos perante um verdadeiro pecado original: o PS ou tem algum rasgo estratégico ou não será capaz de articular uma alternativa política com futuro. Por mais medidas importantes que apresente (v.g., reembolso dos lucros do BCE com a compra de dívida soberana), se não romper com esta tenaz narrativa, estará condenado a ter como programa, num contexto radicalmente diferente do de 2005, uma versão light do choque tecnológico."
Excerto do texto de Pedro Adão e Silva, "Uma Tenaz Narrativa", no Expresso
sábado, 6 de abril de 2013
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Primavera que tarda...
O dia de hoje por contraste com os últimos que a meteorologia nos tem oferecido, acordou claro e luminoso, como que a dar-nos tréguas antes da tempestade que se anuncía para a hora do jantar.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Facas longas?
"Lembrando que, a somar aos dois anos em que foi ministro, há outros três
em que “lutou” no PSD “pela afirmação de um novo líder”, Miguel Relvas
não fecha totalmente a porta a um regresso."
A carta que não chegou a Garcia
Não se questiona a oportunidade da apresentação da moção de censura pelo Partido Socialista. De facto se o PS queria conservar as suas possibilidade de se constituir como alternativa ao bando de lunáticos que tomou de assalto o Palácio de S. Bento, esta era altura para o fazer. O problema é que Seguro é feito da mesma massa (e se não é imita muito bem) de Passos Coelho, funciona numa dinâmica de jota em que o taticismo vale por si próprio. A monumental falta de golpe de asa é confrangedora. Não fora Francisco de Assis recolocar o debate e a censura donde ela nunca deveria ter saído, ou seja quem estava a ser censurado era o actual (des)governo, e não o anterior que já foi julgado em eleições, o PS teria saído do debate com o rabo entre as pernas. Não era fácil, mas é por isso que se percebe ainda com mais clareza as diferenças entre quem anda aos papeis e quem sabe ao que vai. O episódio da carta foi uma cena para esquecer....! De resto toda a oposição no seu conjunto, não esteve brilhante. Mas o mais patético de tudo isto é que o governo saiu do debate exactamente como entrou: autista e autosuficiente na voragem de destruição do país.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
terça-feira, 2 de abril de 2013
No limite
Um dos experts ou espertos comentadeiros da área da maioria, já antecipa a queda do governo. O governo jogou no tudo ou nada e vai ficar sem nada. Sem margem de manobra, sem élan, sem energia, esgotados. Só se podem queixar de si próprios. A demora do Tribunal Constitucional é absolutamente incompreensível. Tudo isto parece uma garotada.
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Feitos ao bife estamos nós
Só consigo entender o apelo do comentador Marcelo Rebelo de Sousa, para que Passos Coelho proceda a uma remodelação profunda, como um enunciado de retórica. Toda a gente percebe que Passos Coelho nunca remodelará Relvas, o que para o caso é igual ao litro. A questão é mais dramática e do domínio da incapacidade absoluta de Passos Coelho se remodelar a si próprio, isto é de fazer uma reconversão completa do seu discurso e da sua política. A pergunta é, remodelar para quê?
imagem retirada daqui
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