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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

"O Governo rebentou com tudo"



Ontém 21 de Novembro foi o primeiro dia do resto das nossas vidas. A Aula Magna cheia como um ovo, ouviu Mário Soares, Ruben de Carvalho, Pacheco Pereira e Marisa Matias zurzirem no governo e na desgraça de presidente da república que o mantém e protege. Lamentavelmente  o Partido Socialista, para além de Mário Soares que paira já num plano superior, não enviou uma voz que interviesse em nome do partido, não  sendo porém de estranhar uma vez que enquanto decorria a sessão na Aula Magna, Francisco Assis esforçava-se nas tv's por deitar água na fervura, não fosse dar-se o caso dos polícias assaltarem o "palácio de inverno".

Noutro plano Manuela Ferreira Leite, sempre com preocupação de não beliscar o seu amigo Cavaco, chamava atenção para o facto de as universidades não serem meros departamentos administrativos do governo, mas parceiras do governo com autonomia própria e não poderem ser tratadas a pontapé como uma qualquer direcção geral a quem o governo retira verbas de forma administrativa, sallientando o perigo gravissimo de as universidades poderem vir a cair nos ranking internacionais com efeitos nefastos incalculáveis de prejuízo para o desenvolvimento do país. Hoje Sobrinho Simões dá uma entrevista onde explica o que está em causa.

Entretanto a UE parece começar a acordar para o pesadelo que a espera no caso de um  Portugal manso, se tornar inesperadamente bravo. É preciso apertar o cerco a esta gente.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Foram-se os dedos...



Parece que as elites de repente acordaram de um longo sono cúmplice com a troika e as políticas do governo do passarolas, que tem tido como único objectivoda da sua acção, recapitalizar a banca e castigar e moralizar um povo de madraços a precisar de ser posto na ordem por ter  vivido acima das possibilidades. Tarde piaram...

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Perplexos e mal pagos



"Pensava-se que Paulo Portas iria levar na mala as suas "perplexidades" e exigir aos "senhores da troika" menos austeridade e uma meta mais realista para o défice."
[...]
"Vai ser difícil para os portugueses, muitos dos quais partilham da perplexidade do vice-primeiro-ministro, ver Portas regressar sem ter feito uma reivindicação para flexibilizar o programa. Uma coisa é tentar e não conseguir. Outra bem diferente é nem sequer tentar e não ser coerente com aquilo que se defendeu no passado."

A choldra do costume, no Publico, retirado daqui.

terça-feira, 21 de maio de 2013

A falta de cuscuz



"Hoje há crianças que tomam o pequeno-almoço, almoçam e lancham na escola à custa e por apoios da própria escola porque, se assim não fosse, não tinham a mínima possibilidade de se alimentar".

"Os relatos [...] são de situações de fome, situações de crianças que no final do dia escolar vão buscar a sopa porque em casa não têm".

[...] mais de 80% dos alunos" da escola EB 2,3 de Miragaia (do agrupamento Rodrigues de Freitas) está incluído "nas classes A e B de acção social", o que corresponde a um apoio "praticamente total".

Tenho andado à procura, das conclusões do Conselho de Estado de ontém, para perceber se a senhora de Fátima deu algumas dicas para a resolução deste flagelo ignominoso. Em vão. É a síndrome magrebina, ou da falta de cuscuz.


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Nagevação à vista


O serão televisivo  de ontém foi particularmente significativo do estado de espírito de algumas figuras políticas da direita quanto à situação politica, económica e social a que o país chegou,  após a chegada ao Poder do grupo de bandoleiros que se apoderou do pote. Pela primeira vez um  representante dos nossos maiores empresários, António Lobo Xavier  na Quadratura do Circulo, disse, mais coisa menos coisa, que a srª Merkel não queria esta solução para Portugal,[a intervenção da troika] mas que a situação se precipitou com o chumbo do PEC IV, bastava ver o exemplo aqui da vizinha Espanha, e que seria uma solução similar que ela teria em mente. Ora esta "narrativa"  é nova na direita, é uma "narrativa" que descola claramente da arenga oficial que se tem mantido até agora coesa no apontar de culpas ad hominem à liderença do anterior governo , responsável por todos os males do mundo em geral e de Portugal em particular. Cerca de meia hora antes, na TVI24, Manuela Ferreira Leite já tinha acusado o governo de ter montado uma encenação para, a coberto de supostas exigências da troika,  impor ao país medidas mais gravosa, nomeadamente a TSU dos pensionistas,  prosseguindo na senda de uma agenda ideológica de destruição do país. Entretanto António Capucho, outro barão ex-Conselheiro de Estado candidata-se à Presidência da Assembeia Municipal de Sintra numa lista de independentes que concorre contra o PSD local. Estou segura que Basílio Horta agradece. Quando questionado se não temia um processo de expulsão do PSD respondeu  com grande à vontade, não estar nada preocupado, quem é expulso poderá sempre regressar ao partido mais tarde...elementar meu caro Watson, Capucho está-se a fazer à expulsão para se demarcar ostensivamente desta liderança que ele qualificou de refém de interesses obscuros. Estamos nisto. Até Outubro.

P.s: acrescento o link para as declarações de ALX

quinta-feira, 16 de maio de 2013

"Inês é morta"



"Dentro da troika, a irritação de Berlim dirige-se sobretudo contra a Comissão Europeia, incluindo o seu presidente, Durão Barroso, o que não deixa de ser paradoxal quando muitas das exigências de austeridade aplicadas aos países sob programa de ajuda são implicitamente apresentadas em Bruxelas como resultantes de exigências alemãs."

Casa roubada, trancas à porta?

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Anormalidade rotineira


Portugal entrou num tempo em que as más notícias se tornaram tão rotineiras, que os portugueses por instinto de sobrevivência, se estão a desligar da política. É visível até nas redes sociais  onde o espírito militante está ao alcance de um click, sem grande incómodo e no conforto do sofá,  as pessoas, ódios de estimação à parte, estão a pouco e pouco a intervir cada vez menos. Foram vencidas pelo cansaço, pela descrença e pelo desânimo, estas notícias passam com toda a natualidade a fazer parte  do massacre, e ainda dizem para si mesmas resignadas, isto ainda vai ser pior.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Choque e pavor



De cada vez que este psicopata social fala é para anunciar mais um filme de terror. A tortura tem sido metodicamente aplicada, começou pelo espancamento, seguiu-se as unhas arrancadas, a seguir corta-se os dedos da mão e depois as próprias mãos. No fim grita-se bem alto: vai trabalhar malandro!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A mistificação


Não percebo patavina de emissões de dívida, de "ir aos mercados", e de toda a abundante parafernália terminológica que rodeia as questões financeiras. Mas considero-me uma pessoa de bom senso. Ontém assistiu-se a uma inexplicável coreografia nos média em que toda a gente fez de conta de acreditou que a "ída aos mercados" colocar dívida a 10 anos foi um grande sucesso. Mas toda a gente  mesmo, com a honrosa excepção dos sectores mais radicais da esquerda. Mas onde diabo está o sucesso de uma emissão sindicada, com um juro que corresponde quase ao dobro praticado pela troika nos seus emprestimos a Portugal? Onde é que uma taxa de 5,7% se pode considerar um sucesso, quando Portugal colocava dívida no mercado, sem o apoio do BCE antes do resgate, a 6%? Mas isto está tudo doido?

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Portas ao vivo e a cores


"Portugal vive em regime de protectorado vexatório, e "esses senhores" têm de sair em Junho de 2014.", disse o presidente do CDS-PP. Até aqui estamos de acordo, resta saber  o que pensa sobre o assunto o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiro. 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

E não se pode extreminá-los?


O governo que se mantém em funções por obra e graça do apoio político de Belém e o anteparo de poderes e interesses económicos e financeiros ocultos, prepara-se para subir a idade da reforma para os 67 anos. Num país em desgregação acelerada da  economia e com a perspectiva de sairem em breve uns milhares de funcionários públicos, não se percebendo muito bem onde irão arranjar emprego, não seria melhor recorrer à velha injeção atrás da orelha para acabar de vez com a agonia dos velhos a partir dos sessenta anos?

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Um país paralizado



Hoje  dirigi-me ao centro de saúda da minha área de residencia para uma consulta do dia. Eram 08:30 horas, na sala de espera Unidade de Saúde familiar encontravam-se duas pessoas, duas, à espera de serem atendidas. Mal tive tempo de me sentar fui logo atendida para os procedimentos burocráticos e acto continuo  chamada pelo médico de família para a consulta. De seguida dirigi-me aos serviços da Segurança Social que estão localizados em Paço de Arcos. Porque fica no caminho para o meu local de trabalho via diariamente  grandes filas na rua logo de manhã cedo para o atendimento.  De há uns tempos para cá as filas desapareceram,  fui atendida com a rapidez dos países nórdícos. Nem me atrevo a comentar, a realidade é demasiado cruel, avassaladora e depressiva para tentar alivar através da ironia o aperto de alma que me provoca a situação. Diz que há para aí umas mentes brilhantes que se enganaram no excel, que continuam refasteladas na sua vidinha como se nada fosse com elas...

sexta-feira, 15 de março de 2013

À deriva



A conferência de Imprensa de Vitor Gaspar,  que apareceu com ar de quem estava com uma cólica renal aguda, veio confirmar o pior cenário possivel, um governo desorientado, incapaz, que perdeu em toda a linha as suas previsões, cenários e políticas.  O desemprego subirá, nas contas do governo acima dos 18%, sabendo nós  o que isso significa e portanto podemos contar com um desemprego real acima de 20%. Isto é um cataclismo. Entretanto o eurostat não aceitou que o encaixe com a privatização da ANA contasse para o défice. Nem percebo como é que o governo e os seus especialistas encartados foram alimentando essa esperança, ou se tudo não passou de encenação para ganhar tempo. Logo o défice de 2012 ficará em 6,6%, e não nos idílicos 4,9% anunciados como se de um grande feito se tratasse. Depois vem o primeiro ministro com ar de virgem ofendida admoestar a oposição por supostamente faltar ao respeito pelos sacrificios dos portugueses. A criatura não percebe que quem não respeita os sacrifícios absurdos e devastadores para a vida das empresas e famílias é o próprio governo. E ainda anunciam com autosatisfação bacoca  o prolongamento do prazo de mais um ano para cumprir um défice 2,5% em 2015? Metam o défice naquele sítio escuro e malcheiroso que têm ao fundo das costas. O barco está completamente desgovernado, à deriva, sem rumo nem timoneiro.

PS: isto é uma pouca vergonha, então não foi o PSD que assumiu o programa da troika como o seu programa?

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ópera bufa


De repente, não mais que de de repetente vem o Ministro Victor Gaspar dar o dito por não dito, anunciar, como se nada fosse com ele, a revisão de todas as previsões do Orçamento de Estado para 2013. Confirmou que estamos numa espiral recessiva, que o desemprego vai aumentar, que é necessário pedir mais tempo para cumprir o défice, e que há que relançar a economia.  O Ministro Gaspar parece um pirómano que depois de ter lançado fogo à floresta  fica muito espantado por as árvores estarem  de facto a arder e vai a correr buscar baldes de água na tentativa vã de limitar os estragos.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Entre a espada e a parede




Quando no final do primeiro trimestre se verificar que todas as previsões do governo não passam de efabulações, e o governo decidir que serão precisos mais impostos para cumprir as metas da troika, qual vai ser a reacção dos portugueses? fazer como os gregos?

domingo, 25 de novembro de 2012

Ai aguenta, aguenta!



"Na zona de Cascais, um técnico de gás, estacionando a carrinha de serviço num bairro de classe média-alta, confidencia que passa os dias a fazer cortes. Nunca se viu nada assim. Recebemos listas cada vez maiores de serviços", diz. As religações, contudo, são cada vez menos. "Não sei como fazem. Talvez passem a usar tudo eléctrico....Mas fica ainda mais caro, não? O técnico não põe sequer a hipótese de que alguém, naquele bairro fino, tenha passado a viver sem gás. Ou luz. Ou água."

Revista Visão, reportagem "Sem água, sem luz, sem gás"

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Perdidos




Não é preciso ser superiormente dotado para perceber que o segundo resgate vem já a caminho. Seguro parece ter percebido que Passos Coelho o queria atrair para a cilada da destruição do Estado Social com o corte de 4 mil milhões de euros na despesa, e que caso embarcasse nesse jogo perigoso não restaria pedra sobre pedra do PS. Não há  negociação possível com um  governo extremista, incapaz e servil  que levou a cabo por sua conta e risco, custasse o que custasse uma política de terra queimada  e que agora perante o descalabro  e a iminência do desastre, pretende fazer o abraço de urso ao Partido Socialista  sob a ameaça de um segundo resgate. Não sei porque carga de água o Partido Socialista  seria mais responsável pelo segundo resgate, do que o PSD e tutti quanti foram pelo primeiro. Cavaco desaparecido desde o 5 de Outubro, despertou de uma longa sonolência e chamou Seguro a Belém, presumivelmente numa tentativa de o amaciar em véspera da visita da senhora Merkel  A ver vamos, como diz o cego.