sexta-feira, 10 de maio de 2013

Ou eles, ou nós!



"Que fazer, perguntava Lenine. Deitemos fora as respostas de Lenine, outro iluminado dos amanhãs que sabemos bem como cantaram, fiquemos com a pergunta. Tem de haver qualquer coisa que se possa fazer, em democracia, quando a democracia é sequestrada - sob pena de não ser democracia. Tem de haver qualquer coisa que se possa dizer para acordar os que, dormentes, assistem a isto como se não pudesse ser verdade.Não, não é a gritar fascismo, nem nazismo, nem que está toda a gente a morrer de fome ou a suicidar-se aos magotes. Não, não é de buíças que precisamos, sequer da memória deles. Nem de hipérboles, tiradas piedosas ou indignações espúrias. Precisamos de fúria.Não promessas sem osso, não estratégias para ganhar tempo. Não temos tempo - tenhamos o que nos resta, se nos restar coragem."

Fernanda Cãncio, Das fúrias forças 

 

1 comentário:

  1. Querida Ariel,
    não posso concordar com a Sr.ª D. Fernanda Câncio, mas isso não é novidade, nem Ela levará a mal: a Democracia é isto, pelo que o que se possa fazer é acabando com ela, porque não está sequestrada coisa nenhuma, apenas é finalmente governada pelos politiquinhos que produziu´. E não precisamos de fúria alguma, nem no sentido mitológico, mas de bom senso, Compaixão Cristã, sentido nacional e ordem.

    Beijinho

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