Neste dia internacional de mulher presto homenagem à grande Chavela Vargas.
"Aos 14 anos, depois de uma infância extremamente dura, vendeu duas vacas e foi para o México. Onde ficou 70 anos. A entrevista que concede a uma revista espanhola mostra como hoje se sente feliz e pacificada. Um rosto admirável, que continua admirável. E que vida!
No México conviveu com amigos como Frida Kahlo, Diego Rivera, Guadalupe Amor ou Dolores del Rio. Ela diz-nos, contudo, que quando a infância foi marcada pela ausência de ternura, o resto da vida essa ausência perdura. Chavela é algo céptica em relação aos casais que vivem juntos. "A convivência acaba com tudo, é muito dura." E a solidão acentua-se na relação.
Chavela recorre ao álcool e transforma-se numa verdadeira alcoólica. De tal modo que caiu na grande abjecção. Tinha então 50 anos. Até que um dia, sentindo-se morrer com a ressaca, disse para si mesma: "Ou me recomponho ou me suicido." Mas acrescentou: "Vou sair." E saiu daquele inferno... Depois, foi operada ao cérebro, mas aí achou que seria uma morte muito tranquila e feliz. Porque a morte por cirrose é horrível. E a vida de Chavela nunca foi fácil. Nasceu cega, teve polio, etc.
No México conviveu com amigos como Frida Kahlo, Diego Rivera, Guadalupe Amor ou Dolores del Rio. Ela diz-nos, contudo, que quando a infância foi marcada pela ausência de ternura, o resto da vida essa ausência perdura. Chavela é algo céptica em relação aos casais que vivem juntos. "A convivência acaba com tudo, é muito dura." E a solidão acentua-se na relação.
Chavela recorre ao álcool e transforma-se numa verdadeira alcoólica. De tal modo que caiu na grande abjecção. Tinha então 50 anos. Até que um dia, sentindo-se morrer com a ressaca, disse para si mesma: "Ou me recomponho ou me suicido." Mas acrescentou: "Vou sair." E saiu daquele inferno... Depois, foi operada ao cérebro, mas aí achou que seria uma morte muito tranquila e feliz. Porque a morte por cirrose é horrível. E a vida de Chavela nunca foi fácil. Nasceu cega, teve polio, etc.
Afirma: "Estou saudável e com o espírito lúcido." E acrescenta: "O medo não existe, somos nós que o inventamos. Eu não tenho medo de nada nem ninguém. Muito menos da morte." Ela diz que canta, mas canta "de verdade" e com a sua música tem ajudado a curar muitas pessoas. Depois de lermos esta entrevista, ficamos com enorme admiração por esta mulher que se reconstruiu a pulso. E quando ouvirmos os seus discos vamos certamente ouvi-los de outra maneira.
Texto daqui
Uma mulher corajosa, sem dúvida.
ResponderEliminarUma Mulher que com M. Mulheres que nos comovem e se contarmos aos jovens estórias de Mulheres como Chavela Vargas eles riêm e dizem que só podemos estar a inventar, é por isso que eu respondo pega no pc e descobre a net também serve para estas coisas. Obrigado por mais uma maravilhosa partilha.
ResponderEliminarBeijo
Adélia
Boa escolha para lembrar a data.
ResponderEliminarDeixo a minha homenagem à mulher,
a esta, àquela, à outra e a uma qualquer
Mulher é mãe, de ter
Mulher é mão, de afagar
Mulher é pão, de comer
Mulher é trabalho barato
Mulher é luta, de ganhar
Mulher é flor, de beijar
Mulher é agasalho, de enternecer
Mulher é querida
Mulher é tudo na vida
Mulher é até pai
Quando isso de ser mulher
é de todo em todo esquecida
Belíssima escolha, Ariel.
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