Com o fogo do céu a alma cai
No muro branco as sombras são direitas
A luz persegue cada coisa até
Ao mais extremo limite do visível
Ouvem-se mais as cigarras do que o mar
Sophia de Mello Breyner Andresen, Livro Sexto
[a ver se me esqueço por um momento da desgraça que nos espera nos próximos dez anos]
Ai de si, que Sophia não é poesia de esquecimento. Pode o cantar-se a vida servir de alienação?
ResponderEliminarRespondo por si: Claro que não!
(faz apenas um interregno para coisas belas)
Quanto mais leio Sophia mais gosto dos seus textos incluindo os infantis. Confesso também gosto muito do que o seu filho, Miguel, escreve. : )
ResponderEliminar