sábado, 9 de abril de 2011

Citações



"As decisões tomadas no Ecofin mostram que 1)a ajuda financeira que nos será concedida é europeia e canalizada através do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF); 2) o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC 4) servirá como contrapartida para o recebimento desse apoio financeiro; 3) quem manda neste momento em Portugal é a Comissão Europeia, em nome da Alemanha. A conclusão é tristíssima: cometemos um erro trágico ao decidir ir para eleições sem antes aprovar o PEC 4. Não só isso nos custou milhares de milhões de euros em juros cobrados sobre a dívida pública emitida nos mercados internacionais, como colocámos o sistema financeiro à beira do colapso, como degradámos a imagem de Portugal a um ponto que demorará muitos anos a recuperar, como subimos para níveis inadmissíveis a dor social que os portugueses serão obrigados a suportar."

Nicolau Santos, Caderno de Economia do Expresso

"Socrates e Passos reuniram antes do PEC 4"
"O PSD disse que só soube do PEC 4 por telefone, mas Passos Coelho esteve com José Sócrates na véspera de o documento ser entregue em Bruxelas.

O encontro aconteceu por volta das oito da noite do dia 10 de março, depois do debate da moção de censura do BE. Sócrates informou Passos das grandes linhas do PEC 4.
Segundo o Expresso apurou, o lider do PSD ouviu mais do que falou, o que terá sido visto por José Sócrates como uma posição encorajadora.... Teixeira dos Santos levou o PEC 4. E o PSD acabou a dizer não ao documento..."

Ângela Silva , Expresso

O resto fica para a História julgar.

3 comentários:

  1. A história julgará também a coincidência do Congresso do PS com a votação do povo da Islândia;
    A história julgará também, a eleição de 5 de Junho e as negociações que se seguirão (se a Europa acatou o PEC IV, poderia não exigir mais que as medidas aí contidas... mas não será assim)
    A história julgará também o paradigma actual, talvez sem a minha ironia e mordacidade pois, como sabemos, não é esse o tom próprio de historiadores falando das tragédias dos povos...

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  2. A propósito da votação do referendo islandês, não conheço ainda os resultados... talvez mais logo...

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  3. Meu caro Rogério, independentemente dos nossos respectivos pontos de vista diferentes um do outro, parece-me basilar perceber que depois do desastre de que País deu provas, ao revelar que não tem políticos à altura dos grandes desafios e de se entenderem entre si, como se comprovou pelo comportamento caótico da oposição, de quem era de esperar um comportamento de acordo com as expectativas da dita Europa. Assim sendo a Europa, ou seja os credores perderam a paciência, deixaram de confiar em nós, e ao não confiar cobram um preço. Aliás estamos a passar por uma humilhação de tal gravidade que penso que não há memória de tal agravo, com o comissário Olli Rehn a puxar as orelhas ao Presidente da Republica. É difícil fazer pior.

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