sábado, 30 de abril de 2011

Solilóquios (32)

Que tal apresentar o programa só a 6 de Junho? Pensando melhor é capaz de ainda ser cedo, vai entrar o Verão, lá para Setembro, está bom assim? Ok!

8 comentários:

  1. Também acho que não há pressa nenhuma...
    Para inanidades e assim, já temos toda a chamada Comunicação Social.

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  2. falando nisso... tenho de apresentar o meu.

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  3. Não julgue, Ariel, que alguns comentários que faço vão no sentido de desvalorizar a sua opinião. Se fica essa sensação, peço desculpa. Quando brinquei com o trocadilho "comentar a coisa da substância ou a substância da coisa" é porque me parece que muitas vezes é o conteúdo das questões que é prejudicado por posições que se afastam da substância para apenas reflectirem aspectos mais marginais (próprios da "luta" partidária). Neste caso, e tenho reflectido nele, qual o papel, significado e utilidade de um Programa de um Partido que aceitou negociar com a troika? O Programa do PS vai servir de base às negociações? É com o compromisso assumido programáticamente que o PS (partido ou governo?)vai às negociações finais? E se não as houver, e a troika impuser que ambos os partidos assinem as regras (com ou sem CDS)? Servirá para o PS dizer que se não fosse a imposição externa, o partido teria as soluções adequadas? Como vai a votos com um programa não coincidente ou contrário às medidas da troika? Prepara-se o PS para eventuais rupturas com a troika? Não é mais coerente o PSD, quando faz depender o seu programa daquilo que possa vir a ser o resultados das "suas negociações" com a troika? Lembro que o quer que seja que leve à chegada de dinheiro (resgate), não terá caracter intercalar ou provisório nem essperará pelos resultados eleitorais...(aliás esta a razão porque o editorial do The New York Times considera que as eleições de 5 de Junho não são democráticas, pois os partidos terão que fazer o que a CE+FMI entederem dever ser feito...)

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  4. Rogério, não me venha lembrar a mim o desconchavo que são as eleições de 5 de Junho, porque não fui eu que as provoquei, nem desejei. Por outro lado, um partido político tem de saber que caminho quer seguir, tem de definir linhas programáticas. Muito me espanta que neste particular o Rogério venha aqui justificar esta posição que só evidencia desorientação e desnorte por parte do PSD, até porque eles já têm vindo a dizer tudo e o seu contrário a propósito por exemplo da DGD, do SNS, etc. etc.... Ou talvez não, tal como o Rogério, desde que vi um frango assado a voar já nada me espanta.

    Abraço

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  5. Ariel, não venho justificar nada. Venho apenas considerar a coerência do PSD quanto a aceitar assumir como linha programáticas o que a troica vier a determinar. Não justifico, constato. Quanto ao PS, que aceita as regras do jogo quanto a orientar-se pela aceitação do resgate, não sei o que vai fazer. Tudo seria (?) "pacifico" caso haja coincidência entre as linhas programáticas do Partido e as imposições da troika. Acho que está aqui uma valente embrulhada... Como sabe (e sei que até discorda veementemente) o PCP e Bloco (?) defendem a reestruturação da dívida, posição considerada irrealista e de auto exclusão das soluções crediveis. O que é facto é que tal já vem sendo questão a merecer atenção, até aqui não merecida, sendo cada vez mais discutida se é ou não uma via a saida dos PIGS da comunidade do Euro. Acho que as verdadeiras alternativas vão estar em discussão... Se em Portugal isso não acontecer, acontecerá "lá fora" pois o problema está longe de ser o problema de Portugal...

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  6. Não percebo nada de finanças e para mim é uma dor de cabeça pensar além da economia doméstica. Como tal não defendo nem deixo de defender a reestruturação da dívida até porque me parece que como diz e bem estas questões acabarão por ser analisadas num contexto mais global dos PIIGS. Isso não invalidade que considere que a posição do PCP e do BE não tem ponta por onde se pegue ao se terem recusado, ao despique, a reunir com a troika, é uma posição de um radicalismo infantil de quem se põe de fora a ver o circo a arder.

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  7. É compreensivel que considere "radicalismo infantil", pois afirma não conhecer as diferenças entre resgatar a divida e reestrutura-la. O que politicamente significam. Se compreendesse, poderia entender que quem defende uma via não pode colocar-se em posição negocial na outra. Por outro lado há a questão da legitimidade de uma entidade vir ocupar o "espaço" deixado em vazio (inexistência de governo em funções) e conduzir um processo que vai amarrar por muitos anostodos nós a "soluções" estúpidamente duras (estúpidamente, sem aspas). Estou convencido que, se o apoio fosse intercalar, libertando liquidês para resolver momentãneamente os compromissos (curto prazo), que a questão da legitimidade não se poria. Assim, põe-se e de que maneira...

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  8. Rogério, se é para partir do pressuposto que lhe convém, de que o que eu disse na minha resposta foi que desconhecia a diferença entre resgate e reestruturação da dívida, estamos conversados.

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