Retalhos da manifestação do feicebuque que há um ano incendidou o pais:
"Queremos abrir os olhos à sociedade, porque, afinal, somos a geração mais qualificada de sempre e o país é que está a ser parvo por não aproveitar as nossas potencialidades", diz João Labrincha um dos organizadores da "manif" 27 anos, licenciado e desempregado mas sem subsídio porque o que deixou para trás foi um estágio profissional, garante que não conhece ninguém com contrato de trabalho sem termo. "As pessoas que eu conheço ou estão desempregadas ou são precárias, subcontratados, bolseiros, e todas têm o futuro numa incerteza completa”
"Cerca de 60 por cento dos meus amigos licenciados estão a trabalhar em lojas ou em call centers a ganhar 400 euros. Depois, há os 10 por cento que se safaram e que estão bem e o resto emigrou.". Raquel que, quando não está a fazer filmes, dá aulas, teve no ano passado um rendimento médio mensal de 400 euros por um horário incompleto. Tem 37 anos, um filho, nunca assinou um contrato de trabalho na vida. "Eu deixei de pagar Segurança Social há uns anos porque simplesmente não é possível. E se nos últimos anos voltei a ter um activismo mais concreto, porque me dói onde dói a toda a gente: no básico, no pão, não há dinheiro para comer." É "a proletarização da burguesia portuguesa, mas é mais do que isso: é uma geração inteira que está condenada a não ter condições mínimas para viver em dignidade"[...]
Portanto, parece que ficamos por aqui....
Apesar de incendiado, o (ainda) país não ardeu
ResponderEliminarA crise, num ano, agravou-se
A burguesia, se se proletarizou, não assumiu (ainda) a consciência dessa classe
Portanto, não ficaremos por aqui...
As coisas estão muito melhor, por isso é que eles agora não se manifestam. Ou então, é por causa do que li na revista do Expresso, sobre as orientações que eles recebiam de um a juventude partidária que agora não lhes liga nenhuma...
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