"O sr. Schäuble, grande arquitecto deste plano, achou que tinha chegado a altura de ganhar uns trunfos dentro de casa, punindo Chipre e dando uma lição à Rússia. Os ministros das finanças votaram com a Alemanha (quem se surpreendeu?) e, finalmente, todos juntos, nessa massa informe que se chama "lideres europeus", com a Comissão e o FMI, decidiram confiscar o dinheiro de depositantes até 100 mil euros, para não parecer uma taxa sobre a riqueza. Não há limites morais para esta gente. De caminho, a Alemanha demonstrava aos países pequenos, como o nosso, que não está disposta a negociar. [...] Os povos dos pequenos países só podem tratar esta irracionalidade de três modos: emigrando, lutando, concordando. Chipre resolveu lutar, as pessoas sairam de casa, e o Parlamento, esse pormenor democrático, reapareceu. A trapalhada do costume. Na verdade, o único país que irá fazer a guerra à Alemanha será, depois da humilhação, a Rússia. A Alemanha precisa do gás russo. A Rússia tudo fará para acabar com esta União Europeia, chefiada pela inércia da França e a gula da Alemanha. Uma nova guerra europeia acaba de estalar. O sr. Schäuble, e os outros, são, além do mais, estúpidos. A história repete-se."
Excerto do texto de Clara Ferreira Alves, "O estúpido sr. Schäuble", na Revista do Expresso
Embora guerra deva ser entendida metaforicamente, o essencial do texto rima com o que venho dizendo.
ResponderEliminarBeijinho, Querida Ariel
Isto está quase a explodir. Quantos dias faltam para sairmos do euro?
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