"A austeridade é uma decisão política, não uma inevitabilidade financeira. Se dúvidas sobrassem, torna-se evidente agora como a lengalenga messiânica de Vitor Gaspar não tem ligação com a realidade. Todas as previsões do ministro, baseadas numa fé matemática de que o ajustamento traria, automaticamente, crescimento, falharam. Se a política fosse ainda um lugar sério, Gaspar abandonaria o Governo.
[...]
Passos Coelho não se pode queixar por não lhe terem sido dadas alternativas: foram. Não por António José Seguro, mas pela tal sociedade civil de que tanto fala - que não se cansou de sugerir caminhos que não questionavam a necessidade de corrigir os desequilíbrios externos. Não quis ouvi-la nem abrandar a voragem de Gaspar. Agora terá de sobreviver à fúria popular."
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