quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Momento de poesia...

POIS

O respeitoso membro de azevedo e silva
nunca perpenetrou nas intenções de elisa
que eram as melhores. Assim tudo ficou
em balbúrdias de língua cabriolas de mão.

Assim tudo ficou até que não.

Azevedo e silva ao volante do mini
vê a elisa a ultrapassá-lo alguns anos depois
e pensa pensa com os seus travões
Ah cabra eram tão puras as minhas intenções
E a elisa passa rindo dentadura aos clarões.


(Entre a cortina e a vidraça - 1972)
Alexandre O'Neill, Poesias Completas, Assírio & Alvim, Lisboa, 2000

2 comentários:

  1. E eu, que não fiz parte da história, saio daqui com um sorriso de orelha a orelha.

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  2. Ainda bem que gostou, Carlos.....
    :)))

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