Com a devida vénia ao Eduardo Pitta, transcrevo integralmente o post.
O BPN NÃO EXISTE
Parece que são precisos mais 500 milhões de euros para aguentar o BPN. Mas aguentar o quê? Não seria mais sensato utilizar esses 500 milhões para custear o despedimento dos 1700 trabalhadores do banco? Nacionalizado em Novembro de 2008, o BPN continua a funcionar com capitais negativos (activos tóxicos) no valor de 1,9 mil milhões de euros. Perdeu mais de 60% dos clientes. E os administradores que a Caixa Geral de Depósitos lá pôs (Francisco Bandeira e outros) parece que andam a brincar com o dinheiro dos contribuintes. Há pelo menos vinte quadros, entre ex-administradores e directores do BPN, «que recebem o salário mas não estão a trabalhar desde meados de 2008.» (v. Expresso, 18-12-2010) Terá sido para isso que a CGD lá meteu 4,8 mil milhões de euros?
Mesmo ao desbarato, ou seja, por 180 milhões de euros, ninguém quis comprar o BPN. O Montepio, o BIC e o Barclays franziram o nariz ao caderno de encargos. Talvez por um euro. E mesmo assim...
Ontem, João Semedo voltou a lembrar a peculiar governança do BPN de Oliveira e Costa, Dias Loureiro, Miguel Cadilhe e outros próceres do cavaquismo. Segundo o deputado do BE, Cavaco Silva e a filha (e, como eles, outros clientes especiais) obtiveram ganhos de 140% nas aplicações feitas. Sobre o assunto, o Presidente da República emitiu este comunicado a 23 de Novembro de 2008.
O que é revelador é que nenhum Cerejo, nenhuma Cabrita, nenhuma Manelona, nenhum Crespo, nenhum justiceiro da bloga, nenhum magistrado de Aveiro, nenhum super-juiz, nenhum colunista das Brigadas Anti-Sócrates (e são 30, os encartados, metade juristas), nenhum Medina, nenhum Duque, nenhum historiador, nenhum jovem turco da República morta, nenhum candidato presidencial, nenhum assessor doublé de repórter na imprensa marron, nenhum representante da Fatah nos media radical-chic, nenhuma das criaturas que formata a opinião... se interesse pelo backstage do banco da Loja P2, perdão, do banco da Sociedade Lusa de Negócios. Decididamente, a fraude do século não comove ninguém.
Mesmo ao desbarato, ou seja, por 180 milhões de euros, ninguém quis comprar o BPN. O Montepio, o BIC e o Barclays franziram o nariz ao caderno de encargos. Talvez por um euro. E mesmo assim...
Ontem, João Semedo voltou a lembrar a peculiar governança do BPN de Oliveira e Costa, Dias Loureiro, Miguel Cadilhe e outros próceres do cavaquismo. Segundo o deputado do BE, Cavaco Silva e a filha (e, como eles, outros clientes especiais) obtiveram ganhos de 140% nas aplicações feitas. Sobre o assunto, o Presidente da República emitiu este comunicado a 23 de Novembro de 2008.
O que é revelador é que nenhum Cerejo, nenhuma Cabrita, nenhuma Manelona, nenhum Crespo, nenhum justiceiro da bloga, nenhum magistrado de Aveiro, nenhum super-juiz, nenhum colunista das Brigadas Anti-Sócrates (e são 30, os encartados, metade juristas), nenhum Medina, nenhum Duque, nenhum historiador, nenhum jovem turco da República morta, nenhum candidato presidencial, nenhum assessor doublé de repórter na imprensa marron, nenhum representante da Fatah nos media radical-chic, nenhuma das criaturas que formata a opinião... se interesse pelo backstage do banco da Loja P2, perdão, do banco da Sociedade Lusa de Negócios. Decididamente, a fraude do século não comove ninguém.
Pois. Neste caso não há cerejos assistentes e as constanças são de pelúcia.
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