sexta-feira, 16 de março de 2012

Mistérios....


É insondável o misterioso mundo da industria farmacêutica. Todos estarão lembrados da pandemia da gripe das aves, o virus H5N1,  em 2005. Vinha aí o fim do mundo e íamos todos morrer como galinhas tontas na capoeira.  A  minha empresa que pertence a um grande grupo internacional, recebeu da casa mãe em Paris instruções precisas para preparar um plano de contingência. Foram distribuídos folhetos e constituída uma comissão de crise. Entretanto no pasou nada.  Quatro anos depois soaram de novo os alarmes, e toca de fazer o tiro ao porco.  Aí estava a  “pandemia” do virus H1N1, tão mortífera e contagiosa  que levou a administração da empresa sempre tão somítica a determinar a substituição de todas as torneiras dos sanitários  por novos modelos  com sensores fotoelectricos,  gel desinfetante pelos quatro quantos das instalações e instruções precisas para permanecermos em casa ao mais leve sintoma  de resfriado. Alguém se lembra de quantas mortes ocorreram por cá no inverno de 2009/2010?   era o anti-cristo que aparecia sob forma de virus.
No fim acabamos por deitar pelo cano 9,7 milhões de euros em vacinas, movidos por forças que não controlamos.  Este inverno segundo dados da Direcção Geral de Saúde, o vírus em circulação (H3N2) é “bastante agressivo” e tem “uma expressão mais grave do que a gripe pandémica” de 2009.
O que é certo é que só nas três primeiras semanas de Fevereiro deste ano, morreram 7750 pessoas e não se vê alarme nem ondas de pânico em lado nenhum.
Há coisas fantásticas, não hã?

3 comentários:

  1. Minha cara senhora, a dita gripe é um aliado de peso na redução dos encargos com as reformas, já que a maioria dos defuntos eram pensionistas. Não se trata mal um aliado destes em tempo de crise....

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  2. Lembra-se de um post sobre a Gripe P? este vírus HN não sei quantos é a injecção atrás da orelha a que dediquei há tempos um outro.

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  3. São as linhas com que se cose a Organização Mundial de Saúde. Tanto gritam "lobo" que quando houver uma epidemia mesmo mortal (como a ébola, por exemplo), morre metade do planeta por ninguém ligar nenhuma.
    Beijinho

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