Ontem na Quadratura do Circulo foram ditas duas coisas muito importantes: António Costa afirmou que está previsto pela troika, que depois do programa de ajustamento concluído e com o relançamento da economia, que Portugal passará a ter uma taxa de desemprego estrutural de 14%. Tendo em conta que as previsões da troika têm falhado em toda a linha, nada nos garante que este objectivo não esteja calculado por defeito, para um país onde as taxas médias de desemprego em tempos normais, nunca foram além dos 7%.
Por seu lado Pacheco Pereira afirmou peremptoriamente que as coisas só se passam como se estão a passar porque o PS não veta estas políticas, como fez por exemplo com o caso da privatização da RTP, em que disse claramente que quando fosse governo revogaria todas as decisões deste governo. "Se o PS dissesse: Quando chegarmos ao poder vamos revogar esta e aquela política (por exemplo, os cortes de 4 mil milhões, a política fiscal, etc.) a Troika ver-se-ia obrigada a renegociar. Como o PS nada diz - e quem cala consente - tudo vai continuar na mesma."
Chegados a esta apagada e vil tristeza, a imprensa e comentadores continuam entretidos com a brasileirice do Viegas, já ninguém fala do Franquelim Alves e o BPN voltará ao aconchego do algodão em rama donde foi por breves momentos retirado. O governo agradece.
A Querida Ariel não me dá pinga de crédito quando repito à exaustão que o problema é do regime dos partidos e não deste ou aquele partido do Regime...
ResponderEliminarBeijinho
Uma das técnicas deste governo tem sido precisamente criar factos políticos sucessivos, de modo a que anulem os efeitos uns dos outros. Nesse aspecto estãoa ser mestres e devem ter sido bastante inspirados por MRS.
ResponderEliminarNão vi a Quadratura, mas à primeira vista, parece-me que JPP tem razão!