terça-feira, 30 de outubro de 2012

A grande conspiração



"Irei , ainda amanhã formalizar um convite ao PS para que se junte ao PSD e ao CDS-PP e,  neste caso, também ao Governo, para, entre o sexto e o sétimo exames regulares, da troika, programar a forma como haveremos de encontrar um programa de reavalição das funções  do Estado...Não é impossível que tenhamos de rever alguns aspectos da Constituição para esse efeito, mas não é uma pré-condição..."

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Refundidos...


"Posso compreender que é difícil equilibrar orçamentos do Estado, mas há limites à dignidade humana. Será que algum governante já tentou viver com o que pensar pagar-se num mês de subsídio mínimo de desemprego? E ainda pensa reduzi-lo? O que pensa um governante quando olha ao espelho e diz em voz alta que vai pagar esse valor em subsídio?"

Sabem os meus amigos quem foi o autor de tão arrojada escrita de pendor subversivo, este perigoso esquerdista? Pois trata-se nem mais nem menos  do que João Duque na sua coluna "Confusion de Confusiones" no Caderno de Economia do Expresso. 
Chegados a este ponto, quando destacados membros da elite que ajudou Passos Coelho e tutti quanti a chegar ao poder, sentem repulsa e necessidade de se demarcar claramente da política de traição praticada por fanáticos, irresponsáveis mentirosos incapazes de lidar com a realidade, quando o Presidente da República se mantém num pesado silêncio desistindo de ser o porta-voz do povo que sofre, não restam dúvidas de que já fomos engolidos pelo abismo.

domingo, 28 de outubro de 2012

O ferrão da vespa



"É difícil perceber o que leva um ministro a propor uma medida tão deplorável como a redução dos subsídios sociais mais baixos, incluindo o subsídio mínimo de desemprego, desvalorizar essa iniciativa no mesmo dia, fazendo saber que ela pode ser retirada, e retirá-la efectivamente no dia seguinte. Parecendo uma anedota, isto aconteceu na realidade. O protagonista de tão bizarra forma de governar foi Mota Soares, titular de uma pasta que leva Solidariedade no nome.
[...]
O célebre aviso de que "há limites para os sacrifícios que se podem exigir aos cidadãos", lançado por Cavaco Silva no tempo em que ainda se dava pela sua presença na vida pública e quando era outro o Governo, caiu em saco roto. Agora a conversa é "estamos no limite da tolerância da troika. Só que os cortes nas prestações mínimas não foram impostos nem propostos pela troika. Tal como muitas outras decisões absurdas e reveladoras, ora de incompetência  ora de prepotência, ora de falta de tato, foram uma opção do ministro da Solidariedade com a qual nem sequer o seu colega das Finanças quis comprometer-se quando interrogado sobre ela.
[...]
A obediência cega do bom aluno é, aliás, uma contradição nos termos, porque o verdadeiro bom aluno nunca sofre de obediência cega. Perigosa, sim, é a atitude do marrão pouco dotado, mas convencido e carreirista que só pensa em agradar ao professor". [..]


Excertos do texto de Fernando Madrinha no Expresso

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A arte da guerra...



Mas alguém acredita que o prior do Crato esteja a correr o risco de colocar a "licenciatura" do relvado em causa? O homem limita-se a cobrir a retaguarda, digo eu...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O cavaleiro da triste figura



As razões de saúde não devem ser alheias ao estado da nave de loucos descontrolada em que está transformado o desgoverno da República. Lidou de forma larvar com o caso Mega Ferreira/ CCB, que deveria tê-lo feito pintar a cara de negro, assumiu a sua condição de hooligan, esquecendo as suas responsabilidades no governo, foi-se arrastando numa apagada de vil tristeza à espera da remodelação redentora que não chegou. Sai pelo seu pé, ao menos isso.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O ministro, a marinière e o robot...



Arnaud Montebourg ministro da Indústria de França passou das palavras aos actos na defesa do Made in France. Forte critico da globalização deu literalmente a cara pela promoção da industria francesa sem se preocupar com as vozes de burro que não chegam ao céu...

Desconfio é que os industriais portugueses estarão neste momento a fazer figas não vá o Álvaro, com aquele ar despachado que Deus lhe deu,  lembrar-se de copiar a ideia e lhes dê cabo do negócio....

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Escrever direito por linhas... Portas


" O CDS-Porto acredita que os princípios que definem a política do dr. Luís Filipe Menezes não seriam benéficos para o Porto, pelo que resultariam um claro retrocesso para a cidade. Por isso, não podemos apoiar uma sua eventual candidatura à Câmara Municipal do Porto"

Ora, finalmente alguma animação debaixo do sol...

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Nós, os camelos



"Os Portugueses não têm nenhuma dívida com o Estado. Os trabalhadores pagam todos os seus gastos sociais. Quem vive do seu salário paga os seus gastos sociais. Segundo o Eurostat o conjunto do salário representa 50% do PIB e no entanto 75% de todos os impostos vêm dos salários."

 Ouvir aqui toda a entrevista de Raquel Varela, coordenadora do livro "Quem paga o Estado Social em Portugal"


domingo, 21 de outubro de 2012

sábado, 20 de outubro de 2012

Porque hoje é sábado...



Nunca o futuro foi tão incerto para todos quantos neste desgraçado país, dependem do seu trabalho para assegurar a sobrevivência.  
Bom fim de semana.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come



Desta feita a manobra saiu furada a Paulo Portas. Useiro e vezeiro em passar entre os pingos da chuva, taticista e convencido, deixou-se aprisionar pela troika interna Passos/Relvas/Gaspar, que riem  a bom rir do seu desespero, Portas está naquela situação em que perde se ficar e não é liquido que ganhe se romper.   Em próximas eleições o mais certo é  o partido dos contribuintes  voltar a ser o partido do taxi...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Afinal o que importa...





Afinal o que importa não é a literatura
nem a crítica de arte nem a câmara escura
Afinal o que importa não é bem o negócio
nem ter o dinheiro ao lado de ter horas de ócio
Afinal o que importa não é ser novo e galante
- ele há tantas maneiras de compor uma estante!

Afinal o que importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao precipício
e cair verticalmente no vício
Não é verdade rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola
Que afinal o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come

Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!

Que afinal o que importa é por ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria e, lá fora - ah lá fora! - rir de tudo
No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos  à mostra


Mário Cesariny, Pastelaria
nobilíssima visão
assírio e alvim
1991

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

De cabeça perdida



O homem diz que não estudou suficientemente as palavras do Presidente da República no facebook para se pronunciar sobre elas, e que as declarações do economista chefe do FMI, não são verdadeiras...

Se isto não é uma provocação, não sei o que é. Esta história não vai acabar bem


Zurradas


"Quando se comenta a luzidia e numerosa frota dos mais altos e menos altos dignitários, há sempre quem fale em demagogia e populismo. Que não é por aí que se resolvem os problemas do país. Que o miserabilismo, quando não a inveja, é nocivo para a nossa prodigiosa democracia. Que esta tem custos e, pelos vistos, não vingará sem automóveis alemães ao seu serviço, ao contrário de outras bem  mais ricas. Ora, a febre dos carros pretos de boa qualidade é uma doença crónica da política portuguesa e suficientemente dispendiosa para ser criticada sem falsos pudores. [...] Carlos Zorrinho desperdiçou a oportunidade de promover desde já uma redução, em números e em cilindrada, dos automóveis da bancada, começando pelo seu. [...] Nos dias que correm, imagens como as do cortejo automóvel à saída de Belém na noite do último Conselho de Estado, perante uma praça cheia de manifestantes, causam mais dano  à democracia do que mil discursos contra as mordomias do poder político."

Fernando Madrinha, Expresso


Este pessoal político ainda não interiorizou que os tempos excepcionais  que vivemos exigem mais do que simples economias mais ou menos expressivas em contratos da frota automóvel. Exigem pudor e comportamentos exemplares, que respeitem os brutais sacrifícios que estão a ser pedidos à maioria dos portugueses.. 


domingo, 14 de outubro de 2012

A brincar à cabra cega



"Se o crescimento da economia se revelar menor do que o esperado, o défice nomimal será maior do que o objetivo inicialmente fixado, porque a receita dos impostos é inferior ao previsto e as despesas de apoio ao desemprego superiores" [...]nas presentes circunstâncias, não é correcto exigir a um país sujeito a um processo de ajustamento orçamental que cumpra a todo o custo um objectivo de défice público ficado em termos nominais"


sábado, 13 de outubro de 2012

Porque hoje é sábado...




Goodbye - Bill Evans & Cannonball Adderley

Bill Evans - piano
Cannonball Adderley - alto saxophone
Connie Kay - drums
Percy Heath - bass