domingo, 30 de setembro de 2012

A manif da Inter



Quem já foi a uma manifestação da CGTP na vida foi a todas. Quero eu dizer que a manifestação do Terreiro do Paço foi igualzinha a qualquer outra  que tenha ocorrido ao longo dos últimos trinta anos. A manifestação foi grande? foi!. Podia ter sido maior? sem dúvida.! Aliás, devia ter sido muito maior. Só não foi por manifesta incapacidade ligada ao sectarismo cada vez mais presente no discurso de Arménio Carlos. Não há paciência, não há pachorra, com este tipo de discurso não há futuro. Se por um lado a grande força da manifestação de 15 de Setembro foi também a sua fraqueza por falta de uma direcção que guiasse e enquadrasse o protesto, com a CGTP a coisa é exactamente ao contrário, a sua fraqueza é o seu discurso não inclusivo e profundamente dissociado da uma nova realidade laboral, social e económica, completamente diferente da que existia há trinta anos. Acresce uma nota de mau gosto absolutamente lamentável terem chamado para animar a festa os homens da luta, uma vergonha, eu nem queria acreditar. Este nivelar por baixo é indigno.
Resumindo, gostei de lá ter estado, cantei a Internacional, o hino da Intersindical, a Portuguesa, só não ouvi uma única palavra do Arménio Carlos. Infelizmente ele não tem nada para me dizer.

7 comentários:

  1. Não sei se o Passos tem a mesma opinião
    Talvez sim, talvez não
    Calhando até tem, com a diferença de nunca ter ido
    Se calhar era o que a si lhe era devido...

    Só gostava de imaginar a cara do Proença
    quando ouviu o Arménio... a sério!

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    1. Estou-me completa e absolutamente borrifando para a cara do Proença, nunca me dei com sindicatos amarelos. Já a insinuação sobre a suposta coincidência do pensamento do Passos com o meu, é de um autismo e de uma arrogância que não deixam margem para dúvidas quanto à justeza da minha análise.

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  2. Quanto a mim, a "falta de uma direcção que guiasse e enquadrasse o protesto de 15 de Setembro" foi a sua grande força e ponto final, Ariel. Só foi preciso que a Comunicação Social não se deixasse manipular, como doutras vezes, por palhaçadas de 'homens da luta' ou de 'pedros abrunhosas', que mais não querem que vender uns disquitos extra.

    Essa do "foi também a sua fraqueza" a mim não ma vendem. Mas qual fraqueza? Passos Coelho e os seus acólitos ficaram tão borradinhos de medo que "a medida extremamente inteligente" (A.Borges dixit) foi directinha para o caixote do lixo! Como se queixava aqui há uns tempos atrás um coelho armado hoje em pato bravo: - osj "indepentesj" xão perigojosj porque xão muito imprevigíveisj!







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    1. Percebo o seu ponto de vista, mas considero que da amplitude esmagadora da manifestação de dia 15, não houve a apresentação de uma alternativa para sairmos deste atoleiro, que não passa só pela queda da TSU, há muito mais em jogo Pedro Berbosa Pinto. A manif de dia 15 foi o grito necessário, mas o caminho não se esgota nesse grito.[ já agora um à parte, olhe que o Borges não é independente, é filiado no PSD... ]:))

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  3. O Porto é uma aldeia, Ariel... conheço bem a ave! :) Com os independentes do Jorge Coelho, entre aspas como os coloquei, quis-me referir aos manifestantes de 15 de Setembro. Eles têm-lhes um medo que se pelam!

    O caminho não se esgota no grito, de acordo, mas os senhores que nos (des)governam, esses estão mais que esgotados. O grito deve alertá-los para que devem saír pelo pézinho deles enquanto é tempo. Olhe que ontem até o Arménio se sentiu confiante para ameaçar que se não saem a bem...

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  4. Passei por lá cerca das 5 e já muita gente tinha desmobilizado, mas foi sem dúvida uma grande manif. Concordo que Arménio Carlos é sectário- o que não me surpreende- mas igualmente sectários são aqueles que se recusam a ir a uma manif da CGTP ou do PCP, porque "não querem nada com comunas".
    Creio que a greve geral será um fiasco e um favor ao governo, mas sobre isso escreverei num dos próximos dias.

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  5. é evidente que será um fiasco, Carlos, no regresso estive a ouvir na tsf muitos manifestantes a dizerem claramente que não vão aderir à greve, porque está em causa o seu posto de trabalho. a CGTP continua a fazer greves gerais sempre com os mesmos, não saímos disto...

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