sexta-feira, 15 de março de 2013

À deriva



A conferência de Imprensa de Vitor Gaspar,  que apareceu com ar de quem estava com uma cólica renal aguda, veio confirmar o pior cenário possivel, um governo desorientado, incapaz, que perdeu em toda a linha as suas previsões, cenários e políticas.  O desemprego subirá, nas contas do governo acima dos 18%, sabendo nós  o que isso significa e portanto podemos contar com um desemprego real acima de 20%. Isto é um cataclismo. Entretanto o eurostat não aceitou que o encaixe com a privatização da ANA contasse para o défice. Nem percebo como é que o governo e os seus especialistas encartados foram alimentando essa esperança, ou se tudo não passou de encenação para ganhar tempo. Logo o défice de 2012 ficará em 6,6%, e não nos idílicos 4,9% anunciados como se de um grande feito se tratasse. Depois vem o primeiro ministro com ar de virgem ofendida admoestar a oposição por supostamente faltar ao respeito pelos sacrificios dos portugueses. A criatura não percebe que quem não respeita os sacrifícios absurdos e devastadores para a vida das empresas e famílias é o próprio governo. E ainda anunciam com autosatisfação bacoca  o prolongamento do prazo de mais um ano para cumprir um défice 2,5% em 2015? Metam o défice naquele sítio escuro e malcheiroso que têm ao fundo das costas. O barco está completamente desgovernado, à deriva, sem rumo nem timoneiro.

PS: isto é uma pouca vergonha, então não foi o PSD que assumiu o programa da troika como o seu programa?

2 comentários:

  1. Manifestações em todo o país (eventualmente uma greve geral)
    -> São necessárias manifestações em todo o país (eventualmente uma greve geral)... tendo em vista alterações à Constituição... que permitam uma Mudança de Paradigma Democrático:
    - RETIRAR PODERES AOS POLÍTICOS... e... um sistema menos permeável a lobbys.
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    -> As manifestações em causa... não terão nada a haver com as manifestações à CGTP... por motivos óbvios:
    - as manifestações à CGTP visam o perpetuar/eternizar da parolização do contribuinte: queda de governos semestre sim, semestre sim,... leia-se, 'mudar as moscas'... ficando o sistema inalterável (vira o disco e toca o mesmo): um sistema aonde os lobbys manobram sempre a seu belo prazer... e... aonde, ao passarem a «ex-», os governantes terão belos 'tachos' à sua espera.
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    Anexo:
    Não é muito difícil de perceber que é um imperativo... RETIRAR PODERES AOS POLÍTICOS (e um sistema menos permeável a lobbys):
    1- Auto-estradas 'olha lá vem um', nacionalização de negócios "madoffianos" (ex: BPN), etc… anda por aí muito pessoal a querer mandar naquilo que não é seu - o dinheiro dos contribuintes - consequentemente, como é óbvio, o Contribuinte tem de defender-se: "O Direito ao Veto de quem paga" [blog 'fim-da-cidadania-infantil'].
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    2- Político armado em 'milagreiro económico', é político que quer carta branca para pedir empréstimos...
    -> Contrair dívida (para isto, ou para aquilo) pode conduzir a uma ESPIRAL RECESSIVA: o aumento de impostos para pagar a Dívida Pública... provoca uma diminuição do consumo... o que provoca um abrandamento do crescimento económico... o que, por sua vez, conduz a uma diminuição da receita fiscal!
    Por outras palavras: pedir dinheiro emprestado é um assunto demasiado sério para ser deixado aos políticos!!!
    -> Será necessário uma campanha para motivar os contribuintes a participar... leia-se, votar em políticos, sim, mas... não lhes passar um 'cheque em branco'!... Leia-se, para além do "O Direito ao Veto de quem paga", é urgente uma nova alínea na Constituição: o Estado só poderá pedir dinheiro emprestado nos mercados... mediante uma autorização expressa do contribuinte - obtida através da realização de um REFERENDO.
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    3- A participação do Banco Público, CGD, nas negociações de Cartelização da Banca.... vem reforçar aquilo que já se sabia: existe por aí muito político cujo 'trabalhinho' é abrir oportunidades para a superclasse (alta finança - capital global):
    - caos nas finanças públicas;
    - privatização de bens estratégicos: combustíveis... electricidade... água...
    Resumindo: os políticos não podem continuar a ter o poder de nomear directamente os gestores das empresas estratégicas (ex: água, e outras a definir)... leia-se, deve existir um CONCURSO PÚBLICO de gestores... e... embora seja o governo a escolher a equipa gestora vencedora do concurso público... todavia, deve existir a obrigatoriedade de partilhar informação... no sentido de que o contribuinte possa acompanhar o andamento do concurso público.



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  2. Querida Ariel,

    o tal sítio posterior que menciona, até pelo ar do Ministro, é que não precisa que lá enfiem o déficit, tem, como o resto da intervenção governamental, acção amplamente superavitária...

    Beijinho

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