A trumpização do PSD está consumada, estava à beira do abismo e acabou de dar o passo em frente.
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Grandes capas
Depois dos trágicos acontecimentos de Charlottesville, Virginia, parece que finalmente todos começam a ver o verdadeiro perigo Trump. Li por aí muita conversa da treta sobre os alegados checks & balances do sistema político constitucional norte americano, que seria o travão a derivas antidemocráticas.
Esqueceram-se certamente que quem tem os códigos secretos para premir o botão é o presidente, e que a influência do seu estatuto de presidente extravasa largamente a eficácia dos outros poderes.
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
"Those are my principles, and if you don't like them..., well I have others"
Há quem diga que Passos está convicto da sua "razão" e que a sua alegada firmeza seria algo a elogiar. Um homem firme, de convicções e que não abdicaria delas. Nada mais falso. Passos não tem convicções pelas quais lute, tem as que forem necessárias e convenientes para chegar novamente ao poder. Não tem, nunca teve, outra forma de vida. Deitará mão a tudo, fará uma política de terra queimada, para sobreviver. Fara tudo, sim, mas não chamem a isto convicção.
Como mostra Rui Tavares neste texto, Passos Coelho deambula entre temas desconexos e contraditórios entre si, na tentativa de cavalgar a agenda que lhe permita manter-se à tona, nem que para isso afirme hoje o que contrariou ontem.
A deriva populista é a última cartada que faltava jogar, quando tudo em que "acreditou" na frente económica, foi posto em causa pelo governo da geringonça, e o diabo não chegou.
Tenham medo, tenham muito medo. Este homem é capaz de tudo.
(título com citação atribuída a Groucho Marx)
Como mostra Rui Tavares neste texto, Passos Coelho deambula entre temas desconexos e contraditórios entre si, na tentativa de cavalgar a agenda que lhe permita manter-se à tona, nem que para isso afirme hoje o que contrariou ontem.
A deriva populista é a última cartada que faltava jogar, quando tudo em que "acreditou" na frente económica, foi posto em causa pelo governo da geringonça, e o diabo não chegou.
Tenham medo, tenham muito medo. Este homem é capaz de tudo.
(título com citação atribuída a Groucho Marx)
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
Trump à portuguesa
Pedro Passos Coelho desconexo, populista e demagogo, foi para o Pontal fazer um lamentável discurso politico.
Confirma-se que a manutenção do apoio à candidatura de André Ventura, em Loures, não foi uma exceção, mas será a regra da nova linha estratégica que Passos Coelho irá imprimir ao PSD, a âncora que o segurará ao leme de um navio encalhado. Maltratando como de costume a língua portuguesa, esquecendo os cinco milhões de portugueses emigrados pelos cinco continentes, lançou o veneno sibilino a propósito da nova lei da nacionalidade "o quê que vai acontecer ao país seguro que temos tido se se mantiver esta possibilidade de qualquer um viver em Portugal?".
Esgotados os temas da austeridade, fracassados todos os cenários apocalípticos que prognosticou para a economia portuguesa, Passos definiu o seu caminho dando o mote que enformará a linha politica futura do PSD sob a sua liderança.
Estava escrito nas estrelas que a trumpização do PSD chegaria pela mão de Passos Coelho. Depois do pontal, já é oficial.
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
Quand le sage montre la lune, l'imbécile regarde le doigt
Nos últimos dias, após a decisão do juiz do tribunal de Oeiras que inviabilizou a candidatura de Isaltino de Morais, assistiu-se a uma discussão surda, centrada na circunstância do rival de Isaltino, Paulo Vistas, ser padrinho de casamento do juiz. Na gritaria mediática que se seguiu, o isco lançado por Isaltino fez o seu caminho - colocar pressão sobre a idoneidade do juiz num processo de vitimização para colher a simpatia popular.
Ora a verdade é que estamos em presença de amigos desavindos que foram cumplicies durante décadas em Oeiras, e não de desconhecidos entre si. Chega a ser patético ver gente supostamente informada e crítica, cair na esparrela do tática isaltinista, que sabe mais a dormir que eles todos acordados, deixando-se arrastar para o lado em q Isaltino quer centrar a discussão: a perseguição judicial e o amiguismo entre Vistas e o juiz. Claro que o poder judicial se tem vindo a por a jeito para levar com suspeições em cima, mas na verdade não é isso que está em causa em Oeiras, nem sequer o mais importante.
A conspiração dos espertos, como lhe chama Rui Tavares, um texto que começa a levantar a ponta do véu de uma trama que estaria a ser urdida num concelho apetecível e com muitos negócios para fazer. Pensem! Aquilo que move esta gente não é a vida dos oeirenses....
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
Oeiras ao rubro
Com a decisão do Tribunal de Oeiras de rejeitar o processo de candidatura de Isaltino de Morais, está instalado o lamaçal fedorento entre dois amigos desavindos, o atual presidente Paulo Vistas, e o homem que fez de Oeiras a sua quinta.
Vivo em Oeiras há 43 anos. Isaltino de Morais foi presidente do município durante mais de trinta anos, ora pelo PSD, à época foi considerado o autarca modelo, depois como candidato independente quando teve de cortar com o PSD para poder continuar a candidatar-se.
A história é conhecida, foi para ministro do governo de Durão Barroso quando começou a ser investigado pelo Ministério Público e formalmente acusado de corrupção, fuga ao fisco e branqueamento de capitais. É verdade que a acusação de corrupção acabou por ser considerada não provada, tendo por isso transitado em julgado as acusações de fuga ao fisco e branqueamento de capitais.
Em qualquer país civilizado, com cidadãos exigentes e sérios, não seria admissível que alguém condenado a prisão efetiva, por fuga ao fisco e branqueamento de capitais, após o cumprimento da pena, voltasse a candidatar-se a qualquer cargo político. Não é o que acontece em Oeiras, o concelho com um nível médio de escolaridade e de licenciados dos mais altos do pais, parece conviver sem um estremecimento com a aberração da eventualidade de poder ter um ex-presidiário à frente da sua autarquia.
Aguardemos as cenas dos próximo capítulos que não devem ser bonitas de se ver...
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
Pedalar os neurónios
Há polémicas que me deixam de cara à banda.
Circulou no passado fim de semana no facebook um texto de Alice Vieira, um verdadeiro tratado de estupidez reacionária, a propósito de lugares reservados a bicicletas, no Bairro de S. Sebastião da Pedreira, por parte da autarquia lisboeta.
Alice Vieira não é uma pessoa qualquer. Culta, é uma conhecida escritora de literatura infanto-juvenil. Para meu espanto, o pedaço de asno que saiu da sua afiada pena, pretendia ter graça, infelizmente só consegue ser patético. A argumentação é arrasadora, afirma a consagrada escritora, que vive no aludido bairro desde o tempo da segunda guerra mundial, e nunca viu passar uma bicicleta. Distraída? Não sabemos.
Partindo desta "evidência" cientifica, parte para considerações sobre a necessidade desta bizarria que é ter espaços dedicados a bicicletas, que "não passam lá", prejudicando assim o sagrado direito a todo o espaço ao automóvel.
Infelizmente, seguiu-se um debate acalorado com uma chusma de protestos por parte dos amigos da senhora, a maioria no mesmo tom, reclamando contra a falta de espaço para estacionamento dos seus popós, e agora, o tempora! o mores!, têm de o partilhar com meia dúzia de bicicletas.
À medida que ia lendo os comentários, de uma indigência confrangedora, a minha reação interior passou do espanto à indignação. Como é possível certa gente, muitas vezes lideres de opinião, demonstrarem uma ignorância tão pesada quando se discute novas formas de mobilidade? Não percebe esta gente que tudo isto se relaciona com a sustentabilidade das cidades no futuro? Que o futuro se prepara hoje, procurando educar e sensibilizar os jovens para os problemas do ambiente, sendo a mobilidade e os transportes um dos principais consumidores de recursos energéticos?
Há um mundo por descobrir na cabeça empedernida de certa gente..
Circulou no passado fim de semana no facebook um texto de Alice Vieira, um verdadeiro tratado de estupidez reacionária, a propósito de lugares reservados a bicicletas, no Bairro de S. Sebastião da Pedreira, por parte da autarquia lisboeta.
Alice Vieira não é uma pessoa qualquer. Culta, é uma conhecida escritora de literatura infanto-juvenil. Para meu espanto, o pedaço de asno que saiu da sua afiada pena, pretendia ter graça, infelizmente só consegue ser patético. A argumentação é arrasadora, afirma a consagrada escritora, que vive no aludido bairro desde o tempo da segunda guerra mundial, e nunca viu passar uma bicicleta. Distraída? Não sabemos.
Partindo desta "evidência" cientifica, parte para considerações sobre a necessidade desta bizarria que é ter espaços dedicados a bicicletas, que "não passam lá", prejudicando assim o sagrado direito a todo o espaço ao automóvel.
Infelizmente, seguiu-se um debate acalorado com uma chusma de protestos por parte dos amigos da senhora, a maioria no mesmo tom, reclamando contra a falta de espaço para estacionamento dos seus popós, e agora, o tempora! o mores!, têm de o partilhar com meia dúzia de bicicletas.
À medida que ia lendo os comentários, de uma indigência confrangedora, a minha reação interior passou do espanto à indignação. Como é possível certa gente, muitas vezes lideres de opinião, demonstrarem uma ignorância tão pesada quando se discute novas formas de mobilidade? Não percebe esta gente que tudo isto se relaciona com a sustentabilidade das cidades no futuro? Que o futuro se prepara hoje, procurando educar e sensibilizar os jovens para os problemas do ambiente, sendo a mobilidade e os transportes um dos principais consumidores de recursos energéticos?
Há um mundo por descobrir na cabeça empedernida de certa gente..
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
Verdades inconvenientes
A falta de competitividade da economia portuguesa tem sido um mantra repetido até à exaustão, como justificação de uma politica de baixos salários. Com a crise e subsequente entrada da troika, este mantra ampliou-se pela voz do governos de Passos Coelho com vista a acomodar socialmente todo tipo de agressões aos mais elementares direitos sociais, sindicais e económicos. O empobrecimento radical dos portugueses com o corte de salários e pensões e uma politica política fiscal agressiva e arbitrária levou ao depauperamento da classe média, que tem sido quem verdadeiramente tem estado a pagar a crise. Hoje todos sabemos que este discurso não passa de uma mistificação encenada pelos verdadeiros responsáveis do descalabro da economia portuguesa e pelo saque generalizado dos recursos do país, promovendo a venda ao desbarato de empresas estratégicas como a EDP, os CCT e a PT. Um estudo mostra que os grandes responsáveis empocharam à grande, e ainda foram louvados.
Zeinal Bava um dos rostos dos deslumbrados gestores, foi condecorado por Cavaco Silva com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial. Dois anos depois, a PT estava totalmente rebentada e Zeinal Bava podre de rico.
O professor de economia, Carlos Paz, não tem dúvidas: "Os nossos gestores são responsáveis pelo caos em Portugal. Estão habituados a viver na sombra do Estado, à espera do subsidio, da isenção fiscal e dos favores de grandes negócios".
O professor de economia, Carlos Paz, não tem dúvidas: "Os nossos gestores são responsáveis pelo caos em Portugal. Estão habituados a viver na sombra do Estado, à espera do subsidio, da isenção fiscal e dos favores de grandes negócios".
segunda-feira, 31 de julho de 2017
sexta-feira, 28 de julho de 2017
Boas rotinas
O regresso do Jazz em Agosto, no anfiteatro ao ar livre da Gulbenkian, um argumento de peso para visitar Lisboa neste fim de Julho e primeira semana de Agosto. Pode consultar aqui a programação. A não perder, como sempre.
quinta-feira, 27 de julho de 2017
Regresso adiado
Muita água correu debaixo das pontes desde a última publicação neste blog.
Com o país a braços com a tragédia de Pedrogão Grande, continuam os incêndios descontrolados, impiedosa e vergonhosamente aproveitados para um ataque desbragado e raivoso ao Governo da geringonça, pela oposição desnorteada. A abjeção tocou no fundo com a utilização macabra dos mortos como arma de arremesso político.
Veremos que rumo e que sentido conseguirei imprimir a este blogue.
Veremos que rumo e que sentido conseguirei imprimir a este blogue.
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