sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

É a vida, como dizia o outro


Ontem na Quadratura do Circulo, António Costa disse aquilo que é óbvio para toda a gente, menos para António José Seguro e que foi mais ou menos isto: “quando o PS parte para o debate incomodado com o seu passado, parte diminuído”.  Ontem o Primeiro Ministro disse em Paris, como a maior cara de pau do mundo e  leviandade que caracteriza os mentirosos compulsivos, que nunca tinha aconselhado os portugueses a emigrar.  Se o líder do PS fosse alguém que não tivesse sido ele próprio contaminado pela campanha negra contra os socretinos,  teria nestas como noutras intervenções do primeiro ministro, a desenvoltura de contra-atacar sem complexos. António José Seguro, com o argumento  de estadista de o PS estar vinculado ao Memorando de Entendimento, fez os possíveis e os impossíveis por colaborar com Passos Coelho, pensando que o seu tempo chegaria com naturalidade, quando este ciclo político estivesse esgotado. Para além de não ter percebido que num país que não vive tempos normais nem depende de si próprio, o ciclo político é o mais volátil dos conceitos, não contou com duas coisas,  o aberto desprezo do PSD e do próprio primeiro-ministro que não o incluiu nem o informou das politicas que exigiriam consensos alargados,  e que as políticas do governo dessem resultados tão calamitosos.  Este erro de cálculo foi-lhe fatal. De repente, vendo as labaredas chegar-lhe a casa empreendeu a fuga em frente. Só que é tarde. Neste ano e meio que leva de liderança não só não conseguiu apagar no Partido Socialista os efeitos do passado recente,  como não se afirmou como alternativa a coisa nenhuma, nem a José Sócrates nem a Passos Coelho. Venha o próximo.

2 comentários:

  1. Não vi ( tive falta, mas já enviei comprovativo das causas que não me podem ser imputáveis...) mas ainda bem que me deu a conhecer as palavras do Costa ( que se seguem a outras também contundentes do Ferro Rodrigues na entrevista à Flor Pedroso na semana passada).
    Cá se fazem, cá se pagam e Seguro já deve ter percebido que a sua reeleição em junho não vai ser nada fácil. Daí que agora ande armado em carapau.

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  2. Querida Ariel.
    qualquer engajamento, no actual regime, passou a ser uma forma de colaboracionismo. Para quando vê-La aderir à Verdade da Monarquia Tradicional?

    Beijinho esperançoso

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