O Presidente da Republica afirmou na sua mensagem de Ano Novo aos portugueses, que tem "fundadas dúvidas sobre a justiça na repartição dos sacrifícios", e por isso resolveu solicitar a fiscalização do OE pelo Tribunal Constitucional. O Presidente considera entre outras coisas que "temos urgentemente de por cobro a esta espiral recessiva", e de "interromper este ciclo vicioso" que é a consequência lógica da aplicação do OE que acabou de promulgar. Além disso considera claramente que o governo não tem defendido os interesses do país junto dos nossos parceiros europeus, quando afirma que "temos argumentos e devemos usá-los com firmeza para conseguir o apoio dos nossos parceiros europeus". Ora estava eu já de olhos arregalados à espera que o senhor presidente assumisse as consequências políticas das suas próprias conclusões sobre o desempenho do governo, quando o homem resolveu chutar para canto, ai que horror uma crise política a juntar à crise financeira, o quê que iram dizer de nós os vizinhos, e tal e coisa, e portanto ficamos assim, tudo como dantes quartel general em Abrantes, o homem tem mais que fazer que retirar a confiança política ao governo do qual é cúmplice e que foi por ele levado ao colo até ao pote. A especialidade dele é mais bolos e vir daqui por uns tempos dizer "eu bem avisei", quando a coisa der finalmente para o torto.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Para que serve um Presidente?
O Presidente da Republica afirmou na sua mensagem de Ano Novo aos portugueses, que tem "fundadas dúvidas sobre a justiça na repartição dos sacrifícios", e por isso resolveu solicitar a fiscalização do OE pelo Tribunal Constitucional. O Presidente considera entre outras coisas que "temos urgentemente de por cobro a esta espiral recessiva", e de "interromper este ciclo vicioso" que é a consequência lógica da aplicação do OE que acabou de promulgar. Além disso considera claramente que o governo não tem defendido os interesses do país junto dos nossos parceiros europeus, quando afirma que "temos argumentos e devemos usá-los com firmeza para conseguir o apoio dos nossos parceiros europeus". Ora estava eu já de olhos arregalados à espera que o senhor presidente assumisse as consequências políticas das suas próprias conclusões sobre o desempenho do governo, quando o homem resolveu chutar para canto, ai que horror uma crise política a juntar à crise financeira, o quê que iram dizer de nós os vizinhos, e tal e coisa, e portanto ficamos assim, tudo como dantes quartel general em Abrantes, o homem tem mais que fazer que retirar a confiança política ao governo do qual é cúmplice e que foi por ele levado ao colo até ao pote. A especialidade dele é mais bolos e vir daqui por uns tempos dizer "eu bem avisei", quando a coisa der finalmente para o torto.
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Como a democracia está suspensa, o coiso não se coíbe de dizer o que pensa, mas deixa de fazer o que a constituição (e a razão)obrigaria a que fizesse... O paleio é-lhe de tal forma grato que chega a ser convincente, a um povo em estado dormente... e ele sabe (e os outros também)
ResponderEliminarQuerida Ariel,
ResponderEliminarnão me parece ajustado dizer que Cavaco foi ou é cúmplice do Governo, pois, desde sempre, por si ou por interposta Ferreira Leite, ele mostrou o quanto não papava a dupla Passos/Relvas, só não chegando ao extremo do que fez com Santana. Posto isto, claro que a Presidência, para mais na modalidade "semi" é uma coisa para deitar ao lixo o mais depressa possível, tanto mais que as praxes do Ano Novo o pedem. E também o que me parece realmante estar por detrás de toda a paralisia, não sendo apenas uma justificação cosmética - o medinho dos raspanrtes dos patrões de fora.
Beijinho
A coerência de Cavaco é comovente!
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