Este domingo como de costume não fui à praia, aliás, aos domingos raramente vou aonde quer que seja, a menos que haja um programa especifico para o dia. Levantei-me a meio da manhã, arrastei o pequeno-almoço para junto do portátil, dei uma vista de olhos às notícias, consultei a meteorologia para os próximos dez dias (é fatal), e fiz uma busca rápida no google para uma receita de polvo assado no forno que tinha em mente para o almoço. Devo dizer que ficou delicioso, mas não vou entrar em pormenores gastronómicos. Ao fim da tarde resolvi ir à Bulhosa trocar o livro do Mário de Carvalho "O Homem do Turbante Verde", dado que o exemplar que tinha comprado trazia várias páginas em branco. Feita a troca sem problemas, lá fui até gelataria no Junqueiro, ritual que, ao contrário da praia, cumpro quase religiosamente todos os domingos. Sentada na esplanada, sorvia o meu Sweet Coffee quando ele passou por mim, alto, bem enxuto de carnes, polo branco que lhe cobria as virilhas delineadas por uns calções de banho pretos justos, tipo de competição. Acompanhado da família, mulher e uma miúdita talvez dos seus cinco anos, brasileiros. Aleluia, pensei eu, se não fosse este belo exemplar do outro lado do Atlântico, quase me convencia que era obrigatório o uso daqueles calções de banho horríveis a cobrir os joelhos, que agora se vê por todo o lado e que além de inestéticos, são pouco saudáveis. E ainda dizem que as mulheres é que são escravas de modas sem pés nem cabeça.