domingo, 30 de setembro de 2012

A manif da Inter



Quem já foi a uma manifestação da CGTP na vida foi a todas. Quero eu dizer que a manifestação do Terreiro do Paço foi igualzinha a qualquer outra  que tenha ocorrido ao longo dos últimos trinta anos. A manifestação foi grande? foi!. Podia ter sido maior? sem dúvida.! Aliás, devia ter sido muito maior. Só não foi por manifesta incapacidade ligada ao sectarismo cada vez mais presente no discurso de Arménio Carlos. Não há paciência, não há pachorra, com este tipo de discurso não há futuro. Se por um lado a grande força da manifestação de 15 de Setembro foi também a sua fraqueza por falta de uma direcção que guiasse e enquadrasse o protesto, com a CGTP a coisa é exactamente ao contrário, a sua fraqueza é o seu discurso não inclusivo e profundamente dissociado da uma nova realidade laboral, social e económica, completamente diferente da que existia há trinta anos. Acresce uma nota de mau gosto absolutamente lamentável terem chamado para animar a festa os homens da luta, uma vergonha, eu nem queria acreditar. Este nivelar por baixo é indigno.
Resumindo, gostei de lá ter estado, cantei a Internacional, o hino da Intersindical, a Portuguesa, só não ouvi uma única palavra do Arménio Carlos. Infelizmente ele não tem nada para me dizer.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

É um sonso ou um cromo?



"Se a visão que temos das empresas não é a de instituições relevantes,  mas estão reconduzidas, por qualquer razão, à dialética do trabalho e do  capital, então teremos progredido muito pouco ao longo destas dezenas de  anos de aprendizagem democrática, e isso prometeria muito pouco para o nosso  futuro. Espero que possamos refazer este debate com outra riqueza e com  outra visão de futuro", rematou. "

Como  é que nos formos entregar nas mãos desta gente? estamos bem tramados!

Defender a saúde





Eles andam a pedi-las!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A ética e a pobreza




O presidente do Conselho de Ética, Miguel Oliveira da Silva, defende o racionamento nos medicamentos que deverá alargar-se aos meios complementares de diagnóstico, como as ecografias, as TAC e as análises, argumentando que  "Portugal não continue a comportar-se como se fosse um país rico". Dá como exemplo o "número indiscriminado de ecografias mamárias, ou pélvicas, ou obstétricas, ou densitometrias" e que  os tratamentos a oferecer aos doentes devem ser ponderados em função dos custos e dos anos de vida que garantem.



Maus



Paul Krugman aponta o dedo à Alemanha que considera ser a grande culpada de encarar esta crise como um problema orçamental. "Os alemães continuam convencidos de que os preguiçosos europeus do Sul continuam a mandriar. Devido a isso, a política é continuar a infligir dor só pelo prazer de infligir dor".


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Afinal há outros caminhos...



A França vai encarecer os despedimentos. A ideia principal é encarecer de tal ordem os despedimentos que não compense às empresas [fazê-lo]", disse Sapin, Ministro do Trabalho francês em entrevista à rádio France Info. "Não se trata de sanções, mas de dar compensações adequadas aos trabalhadores".

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ainda as formigas....




Tantas horas de Conselho de Estado para nada

Quando o país esperava que o Conselho de Estado o percebesse, este fechou os olhos. Para quem se manifestou a 15 de Setembro e esteve nas vigílias de 21 de Setembro, os problemas deste país não se resolvem pelo facto de o governo passar a tirar-nos de outra maneira aquilo que nos roubava na TSU. Ao conquistarem as ruas das suas cidades sob o lema “Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!”, centenas de milhares tomaram uma posição firme de denúncia de um programa, o da troika, de um governo, o dos troikistas, e de um método anti-democrático, o de sujeitar a população portuguesa a políticas que as pessoas não discutiram nemvotaram..

Os resultados comunicados ao país, após mais de oito horas de reunião, apenas sugerem, sem concretizar, um possível recuo na subida da TSU para os trabalhadores. Não nos congratulamos por isso: consideramos grave a avaliação de que sem o protesto cívico não se teria alterado sequer esta aberrante medida. Congratulamo-nos, antes, pelos milhares de pessoas que fizeram exercício da sua participação política, muitas intervindo pela primeira vez e muitas outras reiterando protestos desencadeados em diversos sectores da sociedade, face aos sucessivos cortes nos rendimentos do trabalho e nas reformas, na Saúde, na Educação, na Cultura, as privatizações das companhias fornecedoras de gás e electricidade, os consequentes aumentos de preço e do IVA, o agravamento de custos e as limitações às redes dos transportes públicos. Os problemas do país não se resolvem com estas medidas de austeridade. A resolução passa por dar voz ao povo, para que decida em conjunto como garantir um país justo, defendendo os interesses de quem cá vive e trabalha e invertendo cruéis assimetrias em prol de subservientes acordos assumidos com a troika.

O Conselho de Estado – em que não se garante, de maneira alguma, uma verdadeira representação do espectro político português – revelou os mesmos defeitos de cegueira e surdez à voz do povo, característicos do governo,desrespeitando e reinterpretando a seu gosto estes últimos e inequívocos protestos, num texto paupérrimo e vazio, uma manobra de bluff político. Confirmámos assim que não é apenas o governo quem vira as costas ao seu povo. O incansável protesto da multidão demonstrou que, nitidamente, também o Presidente da República perdeu por completo o respeito dos cidadãos e das cidadãs que vivem e trabalham neste país.

É por isso necessário que continuemos a protestar. É cada vez mais urgente traçar um novo rumo. Um rumo que tenha finalmente as pessoas como centro das atenções, e não bancos e mercados ou interesses financeiros e especulativos. Um rumo que reforce a participação democrática e cidadã e não nos limite avulgares espectadores de uma tragédia colectiva, ditada de gabinetes e de bolsas. Um rumo que aponte parauma verdadeira solidariedade internacional, numa mudança de regime que beneficie todos os povos, e quecomeça cada vez mais a ser desenhado por plataformas e acções que apelam à convergência cívica em váriospaíses e designadamente à construção de uma nova Europa. Ao contrário do primeiro-ministro Passos Coelhoque considerou ser de menor importância uma reunião de governos de Itália, Grécia, Espanha e Irlanda ePortugal para discutir as politicas europeias, nós achamos fundamental que os povos da Europa ajudem a traçar políticas para desenvolver a economia e o emprego em vez de planos para garantir e multiplicar os lucros dos especuladores e agiotas que jogam com as dívidas soberanas.

Consideramos ainda premente, para o nosso país e para as nossas vidas, que as cidadãs e os cidadãos esqueçam eventuais e pontuais divergências e se unam, se solidarizem e se juntem a outras forças organizadase aos movimentos que recusam este rumo, numa frente de resistência comum. Apelamos por tudo isto àparticipação massiva no protesto entretanto convocado pela CGTP-Intersindical para o próximo sábado, dia 29 de Setembro. Juntos reclamaremos esse novo rumo, que inverta totalmente a sujeição do governo aos joguetes políticos de entidades não sufragadas, que cinicamente nos impõem “ajudas” com juros fatais e sacrifícios que jamais ousariam sequer imaginar para si próprios. Um rumo onde não cabem a troika nem os troikistas. 

Queremos as nossas vidas.
E por elas estamos dispostos a fazer, em cada dia de luta, em cada novo protesto, algo de extraordinário.


daqui

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

As formigas


Jovens licenciados não encontram emprego em Portugal e ponderam emigrar, a taxa de desemprego em Portugal fixou-se nos 16%, com tendência para aumentar,  45% dos jovens em Portugal estão desempregados.
É caso para perguntar ao senhor ministro Miguel Macedo, se são estas as cigarras a que se refere. Infelizmente esta gente mostra que não percebeu nada do que passou no passado dia 15 de Setembro, não aprende nem a martelo, está a precisar de levar com um enxame de formigas brancas a ver se desampara a loja. 

domingo, 23 de setembro de 2012

De Massamá à Manta Rota com apeadeiro no facebook

"A política está cheia de ideias que tendo um fascínio inicial acabaram por ter custos enormes a médio prazo. A banalização simbólica do lugar de primeiro-ministro é uma delas.
[...]
O primeiro-ministro estabeleceu uma relação com os portugueses sem distância e onde os mecanismos de mediação no exercício do poder foram aliviados. Não se deu ao respeito e, na primeira oportunidade, os portugueses responderam-lhe no mesmo tom. Procurou fazer assentar a sua legitimidade numa popularidade assente na rua, numa relação "tu cá, tu lá", com os portugueses, apresentando-se como homem banal que nunca pode ser enquanto é primeiro-ministro e o país respondeu-lhe na mesma moeda. Perante um justificado descontentamento, os portugueses saíram à rua, ao mesmo tempo perdiam o respeito de forma irreversível ao chefe do Governo.
[...]
É-nos dito, com razão, que a democracia radica numa legitimidade formal e não pode cair na rua. O drama é precisamente esse: o primeiro-ministro foi à procura da rua e, no sábado passado, esta regressou a galope. Agora, já nada há a fazer. É apenas uma questão de tempo. No fundo, "a rua" sabe que este governo acabou, só não sabe quando é que vai ser removido."

Citação do texto de Pedro Adão e Silva, O poder na Rua, no Expresso.

sábado, 22 de setembro de 2012

Chegou o Outuno



Para celebrar este Equinócio de Outono, fiquem em boa companhia deste quinteto de luxo: Cannonball Adderley, Miles Davis, Art Blakey, Sam Jones,  Hank Jones.

É aproveitar, que por enquanto ainda não se paga imposto, até ver...

Bom fim de semana.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Lança-perfumes...



Mais um bonzo, a fazer-se de anjnho papudo. Não há conselho de coordenação que resista quando os chefes se odeiam e não confiam um no outro. Mas como o chefe dos bonzos está paralizado de medo, foi necessário recorrer ao lança-perfumes para anestesiar a malta...

Todos a Belém



Hoje às 18 Horas, todos à reunião do Conselho de Estado

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O segredo do bonzo


Andamos nós aqui aflitos com a solução, e afinal é simples: nada de virilidade muita oração à Senhora de Fátima...

"Dois perigos e duas soluções"


por Boaventura Sousa Santos:

Os dados estão lançados e não há como escapar à questão que levantam: Portugal é um negócio ou é uma democracia? Para o Governo e seus satélites, Portugal é um negócio. Pese embora o escândalo das contribuições para a segurança social (TSU), o confisco de mais um salário aos trabalhadores portugueses e a sua transferência para os patrões, o que de mais grave e irreversível está a acontecer diz respeito às privatizações e aos negócios internacionais que elas propiciam. O intermediário desses negócios chama-se António Borges, um agente opaco, como todos os agentes-sombra ou homens de mão. Ao contrário do que parece, não é um intermediário neutro e muito menos um zelador dos interesses nacionais. É um agente da Goldman Sachs com passaporte português. O seu negócio principal é venda de activos nacionais a preço de saldo, mas também está interessado em entregar à Monsanto a produção agrícola transgénica e a outras multinacionais, os recursos naturais do país. Se tiver poder e oportunidade, este homem causará imenso dano ao país.

A solução para estes perigos tem de decorrer de dois exercícios normais mas exigentes das instituições democráticas. Quer queira quer não, o Presidente da República estará no centro de ambos. O de mais curto prazo tem a ver com o próximo orçamento que, se contiver as medidas anunciadas, é certamente inconstitucional. Compete ao Tribunal Constitucional fazer tal verificação perante uma solicitação de fiscalização preventiva. Se o TC decidir pela inconstitucionalidade, Borges, Gaspar e seus acólitos terão de prestar contas aos seus patrões internacionais mas os portugueses concluirão que é bom ter tribunais independentes e que isso só é possível em democracia. E ficará também patente que as instituições não se deixaram chantagear pelo golpe baixo da troika ao não ter disponibilizado a última tranche do financiamento até à discussão do orçamento, apesar de ter aprovado o desempenho do governo.

O segundo exercício são as eleições antecipadas. Pode levar mais ou menos tempo mas os portugueses devem ser chamados a pronunciar-se sobre a actual situação do país e as propostas de governação que forem submetidas ao sufrágio. Aliás, as instituições europeias vêem com preocupação o aumento da agitação social na zona euro e recomendam a renovação dos consensos. A própria troika reclama que o seu receituário deve contar com o apoio social. Existe consenso quanto à continuação da austeridade inscrita no memorando? Em democracia não há outro modo de o aferir senão através de eleições. Esta solução é particularmente exigente porque as eleições só fazem sentido se os partidos estiverem preparados para elas e tiverem soluções credíveis para o descalabro a que este Governo conduziu o país. Duas condições parecem indispensáveis. Por um lado, um entendimento de convergência com incidência pré- ou pós-eleitoral entre o PS, o BE e o PCP ou, se tal não for possível, entre o PS e um dos dois últimos. Por outro lado, bases programáticas de convergência que mostrem aos portugueses as possibilidades concretas de resgatar a dignidade do país. Por ironia, a segunda condição, sendo mais complexa, é a que avança mais neste momento, plasmando-se na ampla convergência de forças democráticas que sustenta o próximo Congresso Democrático das Alternativas e nas bases programáticas que dele podem surgir. Os partidos terão aí uma boa base de trabalho.

Ambos os exercícios pressupõem a desobediência democrática ao memorando da troika. Como tenho vindo a defender, a democracia portuguesa não sobreviverá ao cumprimento pleno dele.




quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O ajuste de contas


Devagar, devagarinho, vêm  a lume os detalhes picantes da preparação da comunicação fatal do primeiro ministro sobre a medida da TSU. Nesta história indecorosa, é evidente a construção de uma narrativa com a intenção de entalar os ministros do CDS-PP que não podiam sair pior na fotografia, e  de mostrar que foram os ministros do PSD que levantaram dúvidas quanto à medida.  Esta história não acaba assim....

terça-feira, 18 de setembro de 2012

O taliban de S. Bento



À medida que o tempo passa, mais se confirma que a medida relativa à alteração da TSU apresentada por Passos Coelho foi não só tratada com os pés, como se tratou de uma medida mal preparada e mal estudada, decidida no secretismo dos gabinetes, imposta como facto consumado ao país, uma prepotência de quem julga que não tem de dar satisfações a ninguém, nestes tempos de emergência nacional. O homem de Massamá, que cultiva o narcisismo do homem modesto para enganar parolos, não passa de um  servidor fanático dos desígnios da senhora Merkel e dos interesses dos credores. Afinal há mais gente a apresentar propostas.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Portas para que te quero...


Já todos percebemos que Paulo Portas estava à espera de passar entre os pingos da chuva na questão da TSU. Simplesmente, tal como a restante troika nacional constituída por Passos/Borges/Gaspar, nunca lhe passou pelos cínicos neurónios, que as manifestações ocorridas por todo o país, tivessem um impacto com a dimensão de uma sublevação pacifica. Estupefacto perante o vigor da recusa e a determinação dos portugueses, veio contar uma história patética muito mal amanhada, assim de-va-ga-ri-nho, em modo à la Gaspar, a ver se os portugueses se condoiam da sua sorte. Pode tirar o cavalinho da chuva. A farsa, tal como acusa o PCP e de que o Cirandando já tinha suspeitado, está a virar-se contra ele. A manobra em jeito de desculpa patrioteira de tentar convence-nos de que " não bloqueou a decisão porque isso seria trágico para Portugal", é além de cínica, facilmente desmontável. Se a própria troika veio dizer que não a exigiu, a medida só é explicável como um expediente de vingança manhosa por parte de Passos e Gaspar, lívidos pela decisão do Tribunal Constitucional relativamente aos cortes dos subsídios na função pública, de pensionistas e reformados. Portas tentou passar a ideia de que a TSU não era um imposto, logo estaria salvaguardada a posição que durante todo o verão deixou passar para a opinião pública de que não aceitaria mais aumentos de impostos. Maior cinismo e falta de respeito intelectual pelos portugueses é difícil encontrar.

imagem: Manifestação 15 de Setembro, Marisa Vieira, retirada do facebook.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A farsa



Depois da inenarrável e caótica entrevista de Passos Coelho, subsistindo ainda uma dúvida sobre os termos em que Portas terá sido ou não informado pelo  Primeiro Ministro quanto à medida da TSU, e tendo em conta que os patrões já lhe puseram os pontos nos ís e o traço dos tês, a pergunta que se impõe é : quando tempo mais vai durar esta farsa?

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O descontrolo


Pedro Passos Coelho, com aquela cara de lorpa  que Deus lhe deu, nunca lhe passou pela cabeça que a sua desastrada comunicação ao país na passada sexta-feira antes de ir cantar a Nini dos seus 15 anos, provocaria o levantamento indignado dos portugueses insultados e enxovalhados pela selvajaria das medidas de austeridade. Não contente com isso o Gaspar veio reforçar a dose. Perante o descontrolo completo da situação, Cavaco Silva está em pânico, e mandou a sua ajudante de campo reunir as tropas. Antes isso. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Do absurdo...




Já mete nojo aos cães falar do Relvas. A situação é tão insólita, caricata e absurda na história da democracia portuguesa que é razão para nos questionarmos se realmente ainda vivemos em democracia. O homem resolveu novamente dar um ar da sua graça, agora em terras de Vera Cruz.  Quando questionado pelos jornalistas sobre a evolução do caso da RTP, respondeu com aquele seu ar  misto de autosatisfação meio bronca meio apalermada, de que o "o assunto da RTP está resolvido". Resolvido como? mas então não foram feitos estudos, não veio o Borges das privatizações dar uma entrevista meio encomendada falar em concessão a privados do serviço publico? depois do teste, que correu mal como só podia correr, não veio Passos dizer que ainda nada estava decidido? Será que é o Alberto da Ponte que vai resolver? Já não basta o massacre a que todos estamos sujeitos com as medidas iníquas que nos estão a ser infligidas ainda temos que gramar este gajo? Eu confesso que cada vez que ele fala me sinto pessoalmente insultada. 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Basta de vilania



"Passos Coelho deve explicar ao país porque razão disse "basta" ao Programa de Estabilidade e Crescimento IV, e agora assina tudo"...


Palavras do líder da oposição D. Januário Torgal Ferreira. Bem haja!

domingo, 9 de setembro de 2012

Ditosa pátria que tais filhos tem


Esta é a prova provada de que esta gente sabe muito bem o que está a fazer ao país. Há uma agenda ideológica subjacente a todas as medidas,  cujos efeitos ao contrário do que é expresso, estão a ser calculados ao cêntimo. As supostas surpresas com os maus resultados são outra história da carochinha de gente cobarde que se esconde atrás da troika para roubar aos pobres e dar aos ricos. Mas a avaliar pelas reacções das entrevistas de rua feitas pelas televisões, a questão resume-se, para alguns, a de terem de poupar nos "gelados".  A bem dizer, estão bem uns para os outros.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

"Não se pode pôr o país a pão e água"


E preciso não ter nenhuma vergonha, nem qualquer sentido de Estado, para se dirigir ao país por "meus caros portugueses". O homem julga que está numa qualquer reunião do conselho de administração das várias empresas que o tio Ângelo lhe arranjou para compor o curriculum. Absolutamente disgusting, este robin dos bosques ao contrário.

Sempre a descer...



Um anúncio divulgado pelo Instituto do Emprego e da Formação profissional (IEFP) procura um enfermeiro para trabalhar em Londres com um doente que está em casa. Aquilo que se pede ao enfermeiro a contratar em Portugal é  que preste "apoio psicológico e na recuperação da mobilidade", sendo "uma força positiva e encorajadora", que "esteja preparado para interagir com os serviços médicos/hospitalares locais" e que esta ainda "disponível para preparar refeições, limpar a casa e cuidados mínimos do jardim".

Que um privado coloque um anuncio nestes termos e que haja interessados, é uma coisa, que seja o governo do país a tratar desta forma um profissional qualificado, diz muito da natureza da gentinha que nos calhou em desgraça.



terça-feira, 4 de setembro de 2012

Ólarilólélas


A Troika, que sabe muito e não nasceu ontem, veio dizer que a culpa do falhanço do programa é do governo português. De facto não posso estar mais de acordo. Isto do primeiro-ministro e seus acólitos estarem permanentemente a dizer que têm a despesa controlada, e que não podem controlar a queda das receitas, é uma história da carochinha que a Troika de forma fria e implacável veio colocar no sitio. Agora queixam-se de que a Troika está a tirar água do capote. É bem feito. A troika representa os credores e defende-os. É lamentável que o governo de Portugal se tenha colocado ao lado da Troika, contra os interesses nacionais. A política de ir além a Troika acaba assim de forma desastrosa e vergonhosa com este apontar o dedo ao governo. Estavam à espera de quê?

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Epitáfio


[...] Mas quem tiver a sorte de ter alguém que domine o grego num restaurante  com esplanada, daqueles frequentados pela classe média/alta local, ficará a saber que aqui e ali, nas mesas do lado, os portugueses são tema. Não há como rodear a coisa: em vez de fazermos frente à Alemanha deixámos a Grécia sozinha na batalha. A melhor maneira de dizer isto é que somos...passivos (não me quiseram traduzir por cobardes).[...]

Luís Pedro Nunes, Sem Caos mas com Ironia, Revista do Expresso


Conhecendo a história de resistência dos gregos, não é difícil imaginar o desprezo a que nos votam.