segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dia de todos os Santos

 
 Já me encontrava há alguns anos em Portugal, quando me dei conta de que se festejava por aí o Halloween. Esta festa nada me diz,  não tenho quaisquer memórias   nem afectos associados à data e causa-me até alguma estranheza ver miúdos mascarados à laia de um segundo Carnaval.  Para mim é um feriado que vem a calhar para fazer pequenas coisas que a preguiça vai adiando, preparar as roupas de inverno e arrumar o resto do verão  nas gavetas até à  próxima primavera. Com o andar dos anos, passou a ser também dia de ir ao cemitério. Este ano notava-se os efeitos da crise, até os mortos tiveram menos visitas. Não faltavam lugares de estacionamento e as floristas queixavam-se do negócio. O final do ano aproxima-se vertiginosamente e nem sequer podemos desejar que este acabe depressa na esperança de que o próximo seja melhor. Não será, e essa certeza dá cabo de nós.

2 comentários:

  1. Cara Ariel
    Você não está in
    nem sequer aceita o dia de Halloween
    é uma festa
    para quem não tem testa

    (e eu, impotente,
    vejo um e outro neto,
    cada um deles o mais contente)

    Num mundo globalizado é assim...

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  2. Importamos todas as americanices. Halloween, S. Valentim, dias do Pai, da Mãe, dos avós, do cão do gato et tutti quanti. Andamos felizes, com aquele ar de basbaque (tipicamente americano) de quem subiu na vida, porque já celebra as mesmas coisas que os americanos, portanto tem qualidade de vida.

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