quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Idade das trevas

Sakineh

"Bernard-Henri Lévy trouxe a condenação internacional, até da Casa Branca.
O filósofo repetiu que este é um «crime abominável», que deve ser impedido nestas últimas horas que restam, e defendeu que Sakineh Ashtiani deve ser um exemplo para todas as mulheres oprimidas do mundo.
Se ela for executada, nenhum Chefe de Estado ou diplomata poderá olhar nos olhos de dirigentes do Irão, advertiu.
Bernard-Henri Lévy acrescentou que se a iraniana for executada é preciso começar uma segunda campanha para o rompimento das relações diplomáticas com o Irão e falou ainda num apartheid sexual no Irão."
aqui

PS: aparentemente aqueles bárbaros terão suspendido a execução.

7 comentários:

  1. Talvez que uma carta escrita por um condenado, num país que se diz mais civilizado
    acabe por sensibilizar o carrasco, o chefe do carrasco e seu amo e também o legislador…
    (a carta não sensibilizou as autoridades do país que o matou, mas isso é outra história…)
    Em dado passo tal carta diz assim:
    “"(...) Vou morrer com conhecimento de que deixo atrás de mim outros homens vivendo seus últimos dias no corredor da morte. Declaro aqui que a prática de matar ritualmente e premeditadamente outros homens envergonha e macula nossa civilização, sem nada resolver contra aqueles que se lançam violentamente contra a sociedade e eles próprios.(…)”

    Para continuar a ler:
    http://conversavinagrada.blogspot.com/2010/11/sakineh-ashtiani-iraniana-condenada.html

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  2. Desde ontem que penso em escrever um artigo sobre o assunto, mas ainda não tive oportunidade. A condenação é hedionda, sem dúvida, mas pode ser também um bom momento para reflectirmos sobre Guantanamo e outras situações similares que calamos. Quantos inocentes terão morrido e sido torturados nas masmorras das brandas democracias ocidentais, acusados de terrorismo? Espero que não interprete mal, Ariel, mas o que me custa aceitar é a nossa resignação e/ou indiferença perante os crimes que o ocidente comete, fruto da sua superioridade moral. Bem, fico-me por aqui, espero ter inspitração para escrever um post sobre op assunto.

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  3. Rogério,
    Lamento desiludi-lo, mas a mim não me passa sequer pela cabeça fazer comparações neste tipo de casos. Desde logo porque sou contra a pena de morte. E depois porque considero ultrajante para qualquer mulher do mundo que se lapide ou se enforque uma mulher pelos motivos alegados.

    Abraço.

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  4. Carlos,

    Give me a break, please! Podemos reflectir sobre Guantanamano as vezes que queira, e não será certamente nunca de mais fazê-lo, mas nada neste mundo me impedirá de gritar contra esta barbárie. Uma coisa não tem que ver com a outra.

    Abraço

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  5. Parece que por aqui se anda chamando alhos ao que é, com toda a limpidez das coisas simples, bugalhos. A barbárie é a barbárie. Ponto. Redondo e definitivo.

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  6. Amiga Ariel!

    Venho da Rogério, li lá o seu comentário e não podia deixar de lhe vir agradecer.
    Pela frontalidade e pela forma digna e justa como encara a Pena de Morte, e mais especificamente a lapidação ou enforcamento no caso de Sakineh, bem haja.

    Que nenhum credo seja evocado para cometer este tipo de crimes hediondos.
    Temos direito à indignação e o dever de defender as nossas irmãs que são tratadas de forma desumana desde a nascença.

    Que Sakineh, viva ou morta, seja uma bandeira, um marco, para a total abolição da pena de morte no Irão.

    Abraço

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  7. Amiga Fernanda,

    Recuso qualquer relativismo cultural que tente silenciar esta barbaridade. Temos obrigação de defender os nossos valores sem complexos.
    Eu é que agradeço a sua visita.

    Abraço

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