quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ou há moral ou comem todos!



A propósito desta bagunça ... transcrevo parte da sensata crónica do Fernando Madrinha no Expresso. Os sublinhados são meus. Só não percebe quem não quer perceber.

"As escolas públicas são financiadas pelo Estado e as privadas pelos alunos, ou por alguma entidade particular que entenda fazê-lo. Verdade? Não. Em Portugal temos escolas públicas, privadas e público.privadas, isto é, as privadas que o Estado subsidia para que os alunos as frequentem sem pagar.

O argumento para a subsidiação destas escolas é o de que elas funcionam  lá onde não chega a escola pública. Tal argumento não colhe, ou não devia colher, porque há muitos lugares no país onde não existem escolas públicas e o que os alunos fazem é deslocar-se para frequentar a mais próxima. Com a generalização dos agrupamentos de escolas são, aliás, cada vez menos aqueles que não precisam de se deslocar.

......até o Presidente da Republica abraçou a causa destas escolas, na maioria ligadas à Igreja, que agora protestam porque o Governo lhes reduziu os subsídios.

[olha olha o maganão...] 
...
Compreende-se que pais, alunos e professores destas escolas defendam com afinco o tratamento especial que o Estado lhe tem concedido. Duvida-se é que esse tratamento seja o mais correcto, à luz da equidade a que o mesmo Estado se deve obrigar".

Estou fartinha de gentinha como este Luis Marinho, que tem o topete de vir reclamar mais para si do que é reservado à maioria, quem é que eles julgam que são? Era o que mais faltava, e logo num  momento de forte aperto orçamental, os meus impostos andarem a financiar o ensino privado em vez de serem aplicados no investimento da qualidade da escola pública. Depois o ouvir falar na TV, com uma arrogância e insolência inauditas , ainda mais esclarecida fiquei acerca do perfil deste maganão, e da gente que o acompanha. Devem pensar que a malta é toda uma cambada de mansos que estão para lhe aturar as diatribes elitistas, e que lhe vão oferecer de mão beijada aquilo que não têm sequer para si.

3 comentários:

  1. Este é um belo exemplo do tecido empresarial que temos: subsidiodependentes.
    No entanto, estes tipos, nem empresários são. São gestores de dinheiros públicos e era assim que deveriam ser tratados.

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  2. Não li o Fernando Madrinha todo. Só o transcrito. Acertou, o que é raro

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