.... o saldo positivo que resulta desta campanha é o fim do mito Cavaco, como personalidade política apolítica, como individualidade acima de qualquer suspeita e relativamente à qual nem sequer havia a ousadia de a ligar a algo que fosse menos recomendável ou digno, e ainda a sua confirmação como político demagógico e limitado, incoerente e incapaz de compreender os grandes desafios que se põem ao futuro de Portugal, realidade excessivamente ilustrada pela repetição de banais lugares comuns que apenas atestam as suas limitações!
J.M. Correia Pinto, Politeia, O Balanço da Campanha
"Como se viu ao longo destas semanas, sem o manto protector do cargo de Presidente, Cavaco Silva revelou todas as suas fragilidades: a incapacidade de diálogo; o desconforto face ao escrutínio público; um conservadorismo serôdio nos temas dos costumes que o afasta dos portugueses de hoje; uma visão paroquial sobre o mundo que o inibe de ter um discurso sobre a crise da zona euro; a tentativa sistemática de se colocar acima de uma classe política de que faz parte e de que é hoje o membro no activo há mais tempo; e, finalmente, o modo sonso como lida com os seu próprio actos. Que passados quase dois anos ainda toleremos passivamente a "inventona" das escutas, diz muito sobre o escrutínio a que Cavaco Silva tem sido sujeito".
Pedro Adão e Silva, Expresso
Portanto é este personagem indigno do cargo que os portugueses, sem pestanejar, acabam de reeleger por mais cinco anos à frente das mais altas funções do Estado e da Nação. Podem limpar os mãos à parede.
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