terça-feira, 20 de março de 2012

"Novo" Quadro de Van Gogh


Van Gogh - Natureza Morta com Flores do Prado e Rosas

Uma bela notícia  neste primeiro dia de primavera.

"
Foi acrescentado mais um quadro à obra de Vincent Van Gogh: “Natureza morta com flores do prado e rosas”, é uma pintura em óleo que foi feita por cima de uma outra, da autoria do artista, que representava dois homens praticando luta livre. As flores do prado e rosas de Van Gogh estarão expostas a partir desta terça-feira, primeiro dia da Primavera, na Holanda.
A autenticidade deste quadro foi colocada em causa desde que chegou à colecção do Museu Kröller-Müller, naquele país, em 1974. O facto de a tela ter um tamanho invulgar e de a assinatura ser anómala foram apenas dois factores que contribuíram para que o quadro fosse, em 2003, catalogado como tendo sido pintado por um “artista anónimo”.

Agora, nove anos mais tarde, uma equipa de investigadores da Universidade de Antuérpia (Bélgica), da Universidade de Tecnologia de Delft (Holanda), do Centro de Física de Partículas de Hamburgo Deutsches Elektronen-Synchrotron (DESY), do Museu Van Gogh (Holanda) e do Museu Kröller-Müller (Holanda), confirmou finalmente a autenticidade do quadro.

Van Gogh terá pintado inicialmente os dois homens praticando luta livre em 1886 durante a sua passagem pela Escola de Belas Artes de Antuérpia. Porém, chegado a Paris, decidiu pintar a natureza morta por cima desse tema. Fê-lo directamente, sem cobrir com tinta branca o tema anterior.

Os historiadores descobriram em 1998 que os atletas, descritos por Vincent ao seu irmão Theo numa carta, tinham ficado escondidos por debaixo de uma natureza morta. Porém, só agora, com recurso a análises químicas e a um scanner especial (Macro Scanning X Ray Fluorescence Spectometry) é que foi desfeito este mistério.

O Museu Kröller-Muller, que está instalado no meio de um parque natural, no centro da Holanda, alberga a segunda mais importante colecção de quadros e desenhos de Van Gogh a seguir ao museu com o nome do artista, em Amesterdão.

A natureza morta agora atribuída a Van Gogh mede um metro por 80 centímetros, um tamanho grande e pouco usual na produção do artista."

texto retirado de daqui

O Congresso


"O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público realizou um congresso em Vilamoura. O programa incluía um "programa social para acompanhantes". [...] A dita reunião da corporação teve o patrocínio de bancos e empresas e mesmo, imagine-se media partners. Os bancos que patrocinaram o simpático encontro de magistrados do Ministério Público são o BPI, o Montepio, o BES e, patrocinadora oficial, a Caixa Geral de Depósitos.
[...]
Os bancos, recorde-se, vão ser recapitalizados graças ao contribuinte, que é quem paga os empréstimos e os juros da troika.
[...]
Os portugueses têm de confiar na justiça e na sua administração, e no papel essencial do MP nessa administração. A corrupção é investigada pelo Ministério Público e dois dos bancos que patrocinaram o congresso de Vilamoura são ou foram investigados pelo MP. O BES esteve na origem do caso Portucale, um caso de corrupção por causa da aprovação de um empreendimento turístico na Herdade da Vargem Fresca, no Ribatejo. Um despacho foi assinado pelos então ministros (do governo de Santana Lopes, de saída) Luís Nobre Guedes, Carlos Costa Neves e Telmo Correia. Alguns arguidos, levados a julgamento, tinham ligações ao BES. O caso trouxe à tona mais dois casos de indícios de corrupção que envolvem o BES. Um tem a ver com as SCUT e o outro com um empreendimento turístico. A CGD está a ser investigada por crimes fiscais associados à fusão da Compal com a Sumolis. Vários milhões de euros terão sido subtraídos ao Estado.
E o caso BPN não está satisfatoriamente investigado. O presidente do Sindicato do Ministério Público, João Palma, deu uma entrevista a este jornal na qual insinua uma investigação por fazer a Sócrates, mas não o preocupa a investigação por fazer a Dias Loureiro.
[...]
Participar num congresso pago, entre outros por entidades investigadas, levanta uma suspeita sobre a corporação. [...] Se o sindicato não tinha dinheiro para fazer o seu congresso em Vilamoura nem para pagar as passagens dos jornalistas convidados nem para desenhar um "programa social para acompanhantes", devia ter ficado em Lisboa, numa sala de hotel, mais barata e sem vista de mar. Vivemos em austeridade."

Clara Ferreira Alves,  Os Bancos Amigos do MP, Revista do Expresso

segunda-feira, 19 de março de 2012

mY wAY



Santana: "Tenho 55 anos e estou cansado de pregar sobre o que deve ser um Presidente da República desde os 22"

O inevitável livrinho já está na forja e chama-se "O Braço de Ferro Institucional" .

O Expresso não esteve de modas, levou-o no Bairro Alto. E ele que reclama agora apreciar o "recato" fruto de "uma convicção interior,  dos tempos e da idade", sentou-se ao piano e tocou.  

Há um ano, tocava assim. O destino marca a hora...
 

domingo, 18 de março de 2012

Citações

"Começamos a ter a sensação de que existe outro governo - mais maleável, mais compreensivo, menos corajoso e só para os que estão mais protegidos."
[...]
"O mesmo Governo que duplica o passe social ou corta pensões baixas enreda-se em explicações sobre a Lusoponte, um dos mais fabulosos negócios assinados em Portugal. O mesmo ministro das Finanças que corta salários e pensões, admite todas as semanas excepções às suas regras de ouro, com novas justificações: depois da TAP ou da CGD - que estão em privatização e/ou concorrência -, surgem casos como a Parque Expo ou a EMA (Empresa de Meios Aéreos) porque estão a ser extintas, um argumento difícil de entender".


Excertos do Editorial do insuspeito Expresso.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Mistérios....


É insondável o misterioso mundo da industria farmacêutica. Todos estarão lembrados da pandemia da gripe das aves, o virus H5N1,  em 2005. Vinha aí o fim do mundo e íamos todos morrer como galinhas tontas na capoeira.  A  minha empresa que pertence a um grande grupo internacional, recebeu da casa mãe em Paris instruções precisas para preparar um plano de contingência. Foram distribuídos folhetos e constituída uma comissão de crise. Entretanto no pasou nada.  Quatro anos depois soaram de novo os alarmes, e toca de fazer o tiro ao porco.  Aí estava a  “pandemia” do virus H1N1, tão mortífera e contagiosa  que levou a administração da empresa sempre tão somítica a determinar a substituição de todas as torneiras dos sanitários  por novos modelos  com sensores fotoelectricos,  gel desinfetante pelos quatro quantos das instalações e instruções precisas para permanecermos em casa ao mais leve sintoma  de resfriado. Alguém se lembra de quantas mortes ocorreram por cá no inverno de 2009/2010?   era o anti-cristo que aparecia sob forma de virus.
No fim acabamos por deitar pelo cano 9,7 milhões de euros em vacinas, movidos por forças que não controlamos.  Este inverno segundo dados da Direcção Geral de Saúde, o vírus em circulação (H3N2) é “bastante agressivo” e tem “uma expressão mais grave do que a gripe pandémica” de 2009.
O que é certo é que só nas três primeiras semanas de Fevereiro deste ano, morreram 7750 pessoas e não se vê alarme nem ondas de pânico em lado nenhum.
Há coisas fantásticas, não hã?

quinta-feira, 15 de março de 2012

Otolices


"Mesmo apesar de eu saber que o Governo foi eleito. Mas foi eleito em que condições? E actualmente há satisfação dos portugueses em relação ao poder que foi eleito? E se houver outras eleições haverá satisfação? Não!"

Ora bem, lá mais para o Inverno, que agora está aí um sol porreiro e as praias já se começam a encher de gente.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Isto já não é um país


O Centro de Ténis do Jamor, durante décadas o ex-libris do ténis nacional, fechou por falta de verba para manutenção. Eu sei, eu sei  que comparado com a falta de compressas nos hospitais, isto é uma gota de água sem importância no mar de desgraças que se abatam diariamente sobre os portugueses.  Mas é sintomático da degradação acelerada do pais e da  nossa impotência perante os troikanos que nos vão enterrar vivos.

terça-feira, 13 de março de 2012

Do laranjal


Cada vez mais este governo se mostra forte com os fracos e fraco com os fortes. Tanta preocupação com o cumprimento do memorandum da Troika, mas  ninguém sabe onde pára a taxa. Como diz o PCP, desapareceu morta em combate. E o Álvaro alguém sabe dele?

Ui que medo...



"Tinha deixado o clube e a cidade de que tanto gosta e a verdade é que acabou surpreendido quando percebeu que não tinha o respaldo que esperava do russo. [...].

segunda-feira, 12 de março de 2012

O país é que estava a ser parvo...


Retalhos da manifestação do feicebuque que há um ano incendidou o pais:
"Queremos abrir os olhos à sociedade, porque, afinal, somos a geração mais qualificada de sempre e o país é que está a ser parvo por não aproveitar as nossas potencialidades", diz João Labrincha um dos organizadores da "manif" 27 anos, licenciado e desempregado mas sem subsídio porque o que deixou para trás foi um estágio profissional, garante que não conhece ninguém com contrato de trabalho sem termo. "As pessoas que eu conheço ou estão desempregadas ou são precárias, subcontratados, bolseiros, e todas têm o futuro numa incerteza completa”
"Cerca de 60 por cento dos meus amigos licenciados estão a trabalhar em lojas ou em call centers a ganhar 400 euros. Depois, há os 10 por cento que se safaram e que estão bem e o resto emigrou.". Raquel que, quando não está a fazer filmes, dá aulas, teve no ano passado um rendimento médio mensal de 400 euros por um horário incompleto. Tem 37 anos, um filho, nunca assinou um contrato de trabalho na vida. "Eu deixei de pagar Segurança Social há uns anos porque simplesmente não é possível. E se nos últimos anos voltei a ter um activismo mais concreto, porque me dói onde dói a toda a gente: no básico, no pão, não há dinheiro para comer." É "a proletarização da burguesia portuguesa, mas é mais do que isso: é uma geração inteira que está condenada a não ter condições mínimas para viver em dignidade"[...]
Portanto, parece que ficamos por aqui....

Que fazer...?



"Nesta pacata aldeia suíça, a vida corre plácida como o ruminar da vaca dos chocolates. O pai vende o leite que a Nestlé paga bem, a mãe é caixa no Crédit Suisse e de aventura só o filho, que coordena, de Genebra, o envio de comida para o Sudão. O franco, forte, o emprego, garantido, a crise, dos outros, por cá é um bocejo. Mas, de vez em quando, o Presidente decide mandar uma pedrada ao lago Léman. Desta vez, foi a deslealdade. Deslealdade entre políticos?! Como se quer que nós, povo feliz e sem histórias, acreditemos que um primeiro-ministro do partido X esconda do Presidente do partido Y um PEC IV? Aqui na aldeia pensávamos que fosse preciso nascer um político duas vezes para encontrar um desleal. Até aceitamos que um Presidente mande o seu homem de mão pedir a um jornalista para lançar o boato que o primeiro-ministro lhe anda a escutar os telefones. A política é assim, tem traquinices. Agora, esconder um PEC IV?! Ainda por cima sabemos, foi público, que o primeiro-ministro do partido X falou do PEC IV ao líder do partido Y, o do Presidente. Queres ver que o líder do partido Y também escondeu o PEC IV do seu Presidente, e lhe foi desleal? Naaa... Agora só nos faltava que o tal homem de mão tivesse dito ao jornalista para sugerir que a fonte do boato das escutas era o chefe de um cantão - um jardim, por sinal - que até era do partido do Presidente!!! Deslealdade entre políticos? A pacata aldeia não acredita."

Ferreira Fernandes, Políticos desleais?! Naaa...

Portanto, ficamos assim...

sexta-feira, 9 de março de 2012

Momento hardcore


Ouvir na TV o Bokassa da Madeira dizer que subscreve as declarações do Senhor Silva sobre as supostas deslealdades institucionais de José Sócrates e mais uns quantos trocos que agora não me ocorrem e que, já agora, dou de barato à conta do défice oculto  que o  actual  Mandatário de Pedro Passos Coelho resolveu esconder, tendo consequência directa o aumento do défice da República.

"Água Fria"


"Água Fria" é um documentário que retrata o ser português

"Vemos uma quantidade infindável de protestos por todo o lado e nós não, nós achamos que tem que ser assim, vamos esperar que as coisas aconteçam e que alguém resolva as coisas por nós”. 

quinta-feira, 8 de março de 2012

8 de Março

We all have to die sometime. Marie died doing what she loved, what made her feel most alive, what turns journalism from a job into something bigger and more noble: a mission"
Tributo a Maria Colvin, in The New Yorker
Numa   altura em que se vislumbra o aparecimento de uma narrativa altamente reacionária que pretende justificar o retorno das mulheres ao lar, aos filhos e ao marido, é importante assinalar a data e destacar a vida de mulheres da fibra de Marie Colvin.

O ano passado a minha eleita foi Chavela Vargas.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Ópera do malandro


 "A parte mais progressista de mim é de católico progressista, ficou-me nessa parte mais progressista uma certa, eu não diria suspeição, mas um certo pouco à vontade em relação ao juro usurário”.

"Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Leva os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus"

Chico Buarque de Hollanda, Pedaço de Mim, Ópera do Malandro.

terça-feira, 6 de março de 2012

Sair da zona de conforto...


Na Suíça, em Londres, no Luxemburgo há emigrantes portugueses a dormir na rua e a passar fome. É a emigração como desígnio nacional,  apontado pelo secretário Mestre acolitado pelo Relvas e incentivado por Passos Coelho. Serão aqueles que não fizeram uma boa aplicação dos seus recursos, quando havia mais  não  pensaram em ficar com algum de lado para os tempos em que há menos, como repreendeu o Primeiro Ministro na Bolsa de Turismo de Lisboa.

Perceberam? aprendam que esta iluminária não dura sempre.

segunda-feira, 5 de março de 2012

O pote jardinista



Para Jardim o  CDS" vive uma ilusão de que no dia em que o PSD for abaixo nas regiões autónomas os votos vão para a direita".

Ou seja, os votos do PSDM irão para quem ele bem entender deixar em testamento. Ou se portam bem,  ou são deserdados.

O massacre


Os jornalistas que escaparam da Síria relatam massacres "que vão envergonhar o mundo".

Infelizmente estão enganados. O mundo há muito que perdeu a vergonha.

sexta-feira, 2 de março de 2012

O contorcionista


O  homem reprova o Presidente “ Cavaco Silva deveria ter atuado para demover Passos Coelho de fazer cortes nos subsídios de férias e de Natal
O homem queixa-se  de que está  a  atravessar o deserto e culpa a  maçonaria….
O homem  lamenta-se de que soube pelos jornais que ia sair de Conselheiro de Estado e pela televisão de que o Nobre lhe tinha roubado o lugar nas listas por Lisboa...
O homem faz tiro ao Relvas “Ele é uma pessoa muito boa em âmbitos partidários e outros […] mas gosta nada "da maneira como ele está a tratar as autarquias […]
O homem arrasa o PSD “O PSD não existe”
O homem  põe-se  em bicos de pés, gesticula, braceja .
O homem tinha tantos projectos em mente...
O homem já não conta para o totobola e ninguém o avisou.

(ouvir também  aqui aqui)


quinta-feira, 1 de março de 2012

No país das maravilhas ...


Lê-se e não se acredita.

"400 funcionários da câmara de Setúbal terão de devolver perto de um milhão de euros relativos a aumentos salariais decorrentes de alterações de posição remuneratória por opção gestionária referentes aos anos de 2009 e 2010."
[...]
"Há casos de trabalhadores em que os aumentos foram superiores a 150 euros por mês. Os valores recebidos, alguns deles com efeitos retroactivos, ascendem em alguns casos a perto de cinco mil euros."

Quem são estes gestores autárquicos  que parecem aliar a demagogia à incompetência, mas não são capazes de parar um momento para pensar e perceber que  alguma coisa não ía  bater certo nesta história? Cinco mil euros de retroactivos pagos por uma autarquia, quando o país atravessa graves constrangimentos financeiros?


Lá diz o ditado, quem conta um conto acrescenta um ponto....

Solilóquios (47)

"O deputado comunista António Filipe considerou “prematuro” partir do pressuposto que as Forças Armadas não decidirão no sentido de reintegrarem Barros Bastos, no que foi apoiado pelo democrata-cristão Telmo Correia."


A sério, já me começo a preocupar com esta coincidência de posições…

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O verdadeiro artista



Ainda não ouvi o Senhor Primeiro Ministro pronunciar-se sobre o novo desvio colossal  por ajuste directo, na Madeira. A unidade partidária oblige?!...  as promessas de mau pagador, também.

Os cumpridores...


Esta sequência de declarações da Troika e de Olli Rehn fazem-me lembrar Dupond e Dupont.  Temos de animar o moribundo, diz o primeiro, eu diria mais, temos de animar o moribundo, diz o segundo.


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Reavivar a memória


"É preciso dizer aos alemães que os povos do Sul nunca destruíram a Europa"


Adriano Moreira, programa Zona Euro, RTP1

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ide morrer longe!

Ainda a propósito do vergonhoso chumbo dos projectos de lei que visavam possibilitar a adopção por casais do mesmo sexo, rematado com chave de ouro pela descabelada justificação  de Telmo Correia de que está contra  porque tal iria "contra a vontade do criador" lembrei-me do manifesto anti-Dantas de Almada Negreiros, dito pelo saudoso José Viegas.



PIM!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Piolhosos

O problema é que enquanto não morrem conspurcam tudo o que tocam. Felizmente ainda há um Ferreira Fernandes que coloca as coisas no são.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Emigrai e multiplicai-vos!


"Os diplomatas portugueses "não prestam para nada"[...]  [...] o Presidente da República e o ministro dos Negócios Estrangeiros,  «a única coisa que vêm cá [aos Estados Unidos] fazer é gastar dinheiro e passear»"

O Ministro dos Negócios Estrangeiros  engrossou a voz e declarou, impotente,  que o impacto não é significativo  "150 [vistos] apenas deixam de ser feitos".



Cristalino

"Um país tem um excedente em conta corrente quando – de forma simplificada – exporta mais do que aquilo que importa. Isso conduz, geralmente, a uma procura interna estruturalmente mais fraca, como sucedeu na Alemanha na década passada. Ora, se todos os países adoptassem o mesmo modelo, isso enfraqueceria os mercados de exportação da Alemanha. O resultado portanto não seria uma melhoria nos países endividados, mas um enfraquecimento geral de todos. No fundo, jogaríamos todos na segunda divisão”, continua o comentador, acrescentando ainda que “um excedente só é uma bênção se os devedores pagarem e se houver estabilidade no sistema financeiro"

[...] "na nossa união, os bancos desconfiam uns dos outros” e os “países do défice não têm qualquer incentivo para abaterem as suas dívidas dado que os bancos centrais financiam imparavelmente o défice do sector privado”, gerando-se assim uma dívida infinita que acabará por explodir algum dia. “É preciso notar que não estou a falar da dívida soberana, mas das dívidas do sector privado. Porque são estas que constituem o grosso dos desequilíbrios em conta corrente na zona euro.

Wolfgang Münchau retirado daqui

É tempo da esquerda na Europa  começar a chamar os bois pelos nomes.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Zeca , Maior que o Pensamento




Ver aqui o programa das iniciativas que assinalam os 25 anos da morte do poeta, compositor e cantor.

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Quarta-feira de Cinzas

O combate entre o Carnaval e a Quaresma, de Pieter Brueghel, o Velho


"Em algumas empresas existem contratos colectivos de trabalho que estão a ser salvaguardados."

É no que dá ainda não conhecer os vícios dos indígenas, mais esta mania  de celebrarem contratos colectivos de trabalho...


Ora, ide mas é chatear o Relvas, cochichou ele com um sorriso maroto para os seus botões.

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O Carnaval na pintura

Joan Miró, O Carnaval de Arlequim

"Esta obra datada de 1924/25, segundo o próprio Miró, revela de forma inconfundível o seu estilo pessoal. Para a pintar, Miró afirma que fez inúmeros desenhos, nos quais exprimia as suas  alucinações provocadas pela fome. "Chegava a casa sem ter jantado, e anotava todas as sensações no papel". A pintura representa um quarto, com uma mesa e uma janela, mas o que nele se destaca sãos elementos oníricas que uns identificam como uma referência ao mundo das crianças, e outros atribuem à influência do surrealismo na sua obra. Estamos convencidos que se trata de uma retrato irónico da nossa sociedade, onde um permanente espectáculo nos faz esquecer a degradação humana atinge a maior parte da humanidade ."É essencial ter os pés firmemente plantados no chão para nos podermos lançar no espaço". Miró

Imagem e texto retirados daqui

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Pieguice carnavalesca

Hoje na empresa onde trabalho, os serviços administrativos estão a funcionar a meio gás. Amanhã a empresa fecha, pelo Contrato Colectivo de Trabalho porque se regem as relações laborais na empresa, a Terça Feira de Carnaval é considerada para todos os efeitos como dia Feriado, passível de poder ser transferido para outro dia com significado na localidade. Com as férias de Carnaval nas escolas públicas e privadas, o trânsito hoje de manhã em Oeiras assemelhava-se ao de um fim de semana.
Há determinações que manifestamente só servem para chatear o parceiro e que, ao invés de produzirem ganhos de produtividades, têm precisamente o efeito contrário. É o que acontece quando no lugar de Primeiro-Ministro está sentado um delegado da troika a mandar bitaites sobre os hábitos e tradições dos portugueses.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Em casa manda ela e nela mando eu....

"A mulher perdeu muito do valor que tinha. Tem muito valor num sentido mas noutro… Um país depende muito, muito das mães, pois é ela que forma os filhos. Não há melhor educadora que a mãe”
 
"O trabalho da mulher a tempo completo, creio que não é útil ao país. Trabalhar em casa sim, mas que tenham de trabalhar de manhã até à noite, creio que para um país é negativo. A melhor formadora é a mãe, e se a mãe não tem tempo para respirar como vai ter tempo para formar

Convém não olhar para estas declarações como se de arqueologia se tratasse. Um homem da envergadura deste Cardeal sabe muito bem o que diz. Estamos a viver um tempo de grandes alterações e de retrocesso do modelo social construído ao longo dos últimos cinquenta anos. Com o país com uma taxa de desemprego histórica de 14%, estas declarações não são só desprezíveis, são também perigosas.  Um dia destes, vamos ouvir esta gente insinuar que é necessário redireccionar os parcos recursos do país com a educação das mulheres. Para ficarem em casa a educar os filhos basta o curso de formação feminina,  com o benefício acrescido de deixarem de contribuir as estatísticas do  desemprego.

 publicado também  aqui

sábado, 18 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Falta de ...




Alegar falta de condições de segurança, para esconder o medo do enxovalho por parte dos alunos,  confirma a triste  natureza deste homem mesquinho e árido, incapaz de um gesto largo e solidário que acolha quem dele mais precisa. É uma tragédia faltar-nos um Presidente quando tanto precisamos de um.

 também publicado aqui


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Em modo Xerife

[…]
"A novidade nos mais recentes indicadores da OCDE é que a Irlanda e a Grécia registam uma retoma gradual, enquanto os indicadores portugueses se mantêm em queda permanente. Deve ser pelo facto de Portugal ser mais troikista que a “troika”, no que aliás o Governo tem muito orgulho. E é assim que Portugal é a ovelha negra de uma zona euro que vai apresentando sinais de moderação na deterioração da actividade económica. Portugal não. É sempre a descer, rapidamente e em força, a sacrificar e a castigar o povo.
Pelo que Portugal, na acelerada marcha atrás que empreendeu na economia e na sociedade, descobriu talvez as vantagens do “orgulhosamente sós” correndo para o abismo “rapidamente e em força”. De facto, alguma coisa criou mofo e cheira a decadência em tudo isto. E a política de marcha forçada para a miséria vem acompanhada de crescentes manifestações de intolerância, de rabugice, e de autoritarismo. A questão da tolerância de ponto no Carnaval – a lembrar o pior do cavaquismo – é a prepotência sem qualquer razão económica. É uma decisão tão burra – na obstinação e na asneira – como a constante destruição do mercado interno. Não faz mal, carrega-se nos impostos. Já o Shérif de Nottingham não tinha ciência nem imaginação para mais."

João Paulo Guerra, Coluna Vertebral, Diário Económico
sublinhados meus

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Tragédia grega

"Mas o canal privado Mega também voltou a recordar a megamanifestação de domingo, e imagens de dois respeitados anciãos atenienses que compareceram no protesto: o conhecido compositor Mikis Theodorakis e o político Manolo Glezos, que em 1941, logo após a ocupação alemã da
Grécia no início da II Guerra Mundial, iludiu os guardas e retirou durante a noite uma grande bandeira nazi que esvoaçava no Pártenon,
elevando o espírito de resistência da população"

Por cá, o governo devia estar agradecido pela manifestação de sábado. E em vez de tentar levantar a mesquinha questão dos números, devia fazer figas para que muitas outras se repitam, assim, grandiosas e ordeiras.

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Em busca da esquerda perdida

"Temos um "gozo apolítico de um certo bem-estar" [Tronti 2009,59].
Daí derivou, em política in primis, a menorização do trabalho e do valor do trabalho.
Mas se a esquerda renuncia à centralidade do trabalho, que sentido tem a esquerda?

"Se é verdade que já não existe a centralidade política da classe operária, no seu lugar existe uma centralidade política do trabalho. Esta foi integrada, marginalizada e depois negada pelos últimos trinta anos do ciclo capitalista, sob a bandeira da globalização neoliberal. A crise actual deste ciclo volta a propor o tema. Mas atenção, o reaparecimento do trabalho na cena política não ocorrerá espontaneamente. Pelo contrário, podem ser introduzidos agravamentos nas suas condições sociais: o impacto da crise, com as suas inevitáveis reestruturações produtivas, atinge os trabalhadores, sobretudo nas faixas mais débeis e menos protegidas, e a saída da crise, com os seus igualmente inevitáveis surtos inflacionistas, punirá uma segunda vez os trabalhadores, também nos sectores mais fortes e mais seguros. Hoje, o trabalho já não tem um ponto central de referência, como podiam ser, no capitalismo industrial, os operários da grande fábrica pré e pós-fordiana, mas, em compensação, adquiriu uma difusão horizontal que faz dele, não um bloco, mas um campo, fragmentado, diversificado, disperso, todavia presente e influente de modo decisivo dentro de todas as dobras da sociedade [...]. O trabalho deixa de ter um centro, mas é ele próprio o centro da sociedade e da política. Para que este dado, de facto não reconhecido, se eleve a consciência individual e colectiva, é necessária a esquerda. Todas as outras contradições do sistema giram em torno deste centro. Só assim a esquerda de hoje se torna reconhecível, se torna identificável, adquire um sentido, assume um valor, obtém uma função.[ibidem, 180-181].

Franco Cazzola, in O que Resta da Esquerda, Mitos e Realidades das Esquerdas no Governo, Cavalo de Ferro Editores, 2011, pag 133-134.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O Protetorado


Não serei eu em circunstância alguma a defender o  investimento descabelado no betão na Madeira e que, entre muitos males, contribuiu decisivamente para agravar as consequências da catástrofe ocorrida há dois anos,  com dezenas de mortos e prejuízos a perder de vista. O que me provoca uma raiva surda é ter a consciência de que Merkel só aponta à Madeira  porque pode, é fácil, é barato e tem cá um trinca línguas de cerviz dobrada ao seu serviço.

imagem daqui

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A batalha da produção


"É mais uma medida que aparentemente, sendo facultativa e logo não merecendo reparos do maior, vai sempre no mesmo sentido. Ou seja, retirar direitos aos trabalhadores, pô-los a trabalhar mais tempo, em trabalho forçado e não remunerado", afirmou Jerónimo de Sousa referindo-se à não concessão da terça-feira de Carnaval pelo Governo.  Vai dai o quê a malta estaria à espera depois destas declarações arrebatadas? Naturalmente que o PCP manifestasse o seu repúdio não comparecendo na Assembleia da República na terça-feira de Carnaval, repetindo o gesto de há 19 anos. Certo? Errado!

O PCP desde que o actual governo tomou posse, está cada vez mais parecido com aqueles indivíduos muito gabarolas mas que na hora da verdade gritam , agarrem-me senão eu mato-o, sem a mínima intenção de se mexerem do lugar onde estão. O Governo agradece este contributo para a batalha da produção.

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Um mundo de pequenas coisas...


O Der Terrorist, com o sarcasmo demolidor  de um autentico terrorist verbal, chama a isto e a isto "Operação Fellatio".

À parte o populismo grosseiro, já que se metem nestes assados,  seria preferivel que assumissem a coisa até ao fim e  que a cena  "por acaso o fotógrafo estava lá" fosse  feita à séria, para evitar que saísse uma coisa manhosa como a de vermos "por casualidade" o Primeiro Ministro  de ganga e casaquinho de malha na caixa registadora do Continente com um pacote de leite e comida para os cães. É deprimente. É pindérico. Bem sei que esta cena é a continuação do filme "aconteceu no verão passado na Manta Rota", mas com tanto assessor tinham obrigação de já ter aprimorado a coisa.  Um Primeiro Ministro não é o Zé da Adega. Reparem na postura de David Cameron  very british, engravatado,  sobretudo de bom corte, rodeado de miúdas louras embasbacadas,  passeando com panache o cesto das compras junto ao expositor dos frescos, à banca do peixe fresco e finalmente na fila da caixa registadora. Há um mundo de distância que separa os dois personagens, que vai de Massamá  ao number 10 Downing Street...



publicado também na "pegada"

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A intolerância de ponto



Há uma perversidade sádica na  arrogância  do Primeiro Ministro quando afirma que "ninguém perceberia" se o Governo desse tolerância de ponto no Carnaval. O que ninguém percebe, é como é que ele não percebe, a enormidade e inutilidade  desta decisão. Ao contrário do que diz, não é o facto de o Governo estar a cortar quatro feriados  nacionais, que torna coerente esta medida. Em política, dois e dois não são quatro. A festa carnavalesca é uma festividade ancestral de grande simbolismo ligada ao calendário pascal, conhecida também como terça-feira gorda, pelo que a decisão é recebida como mais uma punição injusta dirigida aos "madraços que trabalham pouco" e que,  na cabeça dos iluminados que nos vão reduzir a cinzas, têm de trabalhar mais.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O quê que a baiana tem...?




"Pelos 25%, a State Grid paga 287,15 milhões de euros (2,9 euros por acção, o que representa mais 40% do que a cotação de 2,072 euros da véspera da apresentação das propostas)"

Oman Oil Company paga 205,06 milhões de euros pelos restantes 15% (2,56 euros por acção, uma valorização de 23,6%)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O Grande Sniper



Em 2 de Fevereiro de 1943 o Exercito Alemão comandado por Von Paulus, rendeu-se ao Exercito Vermelho  pondo fim à  Batalha de Estalinegrado, uma das batalhas mais heroicas da história da humanidade.  Vassilli Zaitev, o  tornou-se o  simbolo dessa gloriosa batalha.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Gambozinos e demais bicharada


"A caça ao gambozino não visa a obtenção de alimento mas a conservação de tradições, é por isso considerada um desporto. Tradicionalmente são usados sacos de sarapilheira para os capturar. É tradição organizar caçadas aos gambozinos e convidar pessoas ingénuas para ir junto. Frequentemente são levados nestas caçadas irmãos ou sobrinhos mais novos; é por isso visto como um desporto de família"

Temos pois de perguntar a Vitor Bento quem é quem nesta rábula de caça aos gambozinos.